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O juiz de Porto de Pedras, Gustavo Souza Lima, decide, até a próxima quinta-feira, 26, se a cidade terá ou não tropas federais nas eleições suplementares, que acontecem em 15 de março.

O magistrado proibiu o carnaval de rua no município do litoral norte, por causa da tensão política. Segundo ele disse ao blog, o histórico de Porto de Pedras, que teve o prefeito eleito - Rogério Farias- preso ano passado, com o juiz Rivoldo Sarmento, além da presença de políticos da bancada federal na eleição, como o deputado Augusto Farias (PTB), irmão de Rogério, estão entre os itens determinantes para encaminhar o pedido ao TRE alagoano de reforço do Exército na votação.

"Dependo da estrutura que a polícia vai oferecer para dar minha decisão", explicou Gustavo Souza. Para dar segurança aos eleitores, o juiz passará um dia do carnaval em Porto de Pedras; o promotor Flávio Gomes, por sua vez, decidiu que passará toda a festa na cidade do litoral norte. Por outro lado, ele mantém contatos com o TRE e outros magistrados. Depois da fraude descoberta pela Polícia Federal, ano passado, Porto de Pedras é considerado um "barril de pólvora" e que não deve explodir. É a ordem da magistratura.

Gustavo Souza analisou decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e descobriu que o tribunal não aceita tropas em eleições suplementares para cidades que não tiveram forças federais na votação. Porto de Pedras não teve o Exército em outubro do ano passado. "Terei que juntar muitas provas para convencer o TSE", afirmou.

PROIBIDO CARNAVAL DE RUA EM PORTO DE PEDRAS

Brincar carnaval de rua, na cidade de Porto de Pedras, pode dar cadeia. A decisão é do juiz da cidade, Gustavo Souza Lima, e do promotor eleitoral Flávio Gomes. O motivo é a disputa política na região.

Porto de Pedras teve a eleição cancelada porque o prefeito eleito, Rogério Farias (PTB), foi preso pela Polícia Federal acusado de criar um esquema de compra de votos. O juiz da cidade, Rivoldo Sarmento, também foi preso. É apontado pela PF como um dos integrantes do esquema. Após a prisão, Sarmento foi afastado da comarca.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) remarcou novas eleições, para 15 de março. "Em um município pequeno, uma disputa política pode dar morte. Marido e mulher se separam porque cada um torce por um candidato", disse o promotor.

Por causa do clima de tensão, a Justiça e o Ministério Público decidiram proibir o carnaval de rua. "Quem quiser formar o seu bloco, faça em casa. Se brincar na rua, pode ser preso", afirmou Flávio Gomes. "Misturar carnaval, bebida alcoólica e o clima na cidade não dá certo", explicou o integrante do MP.

Na política local, dois candidatos disputam a eleição: Amaro Guimarães Júnior, o Boi Lambão, e Ednaldo Almeida Costa. Lambão tem o apoio de Rogério Farias; Ednaldo é da oposição.

As festas carnavalescas em Porto de Pedras são consideradas referências de diversão no litoral norte alagoano. Viraram até promessa de campanha. "Mas, a eleição corre o risco de ser tumultuada. O clima não é fácil", finalizou o promotor.

com alagoas24horas // blog do odilon