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17/02/2009 00:00:00

Politíca


Politíca

A tarde desta terça-feira na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) marcou um momento histórico na política alagoana - similar ao 17 de julho, quando o ex-governador Divaldo Suruagy foi deposto do cargo. Centenas de pessoas, ligadas a diversos movimentos sociais, ocuparam a sede do Legislativo como forma de protesto à iminência do retorno aos cargos dos deputados estaduais indiciados na Operação Taturana, desencadeada em dezembro de 2007 pela Polícia Federal - que investigou esquema de desvio de mais de R$ 300 milhões dos cofres da ALE.

A sessão foi presidida pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isaac Jackson, tendo como primeiro secretário o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge venerando. Durante a sessão - o plenário da ALE ficou lotado durante todo o tempo -, os presentes ecoaram, a todo momento, gritos de 'cadeia neles'.

Decretos simbólicos foram votados pelos 27 deputados - representando diferentes entidades - escolhidos pelo povo. Um dos decretos, todos aprovados por unanimidade, trata da utilização das fazendas do deputados indiciados para fins de reforma agrária. Outro, o mais 'comemorado', dispunha sobre a cassação dos deputados afastados, obrigando-os ainda a matricular seus filhos em escolas públicas

"A assembleia é popular, estou aqui para lutar", gritavam os manifestantes. James Magalhães, do Sindicato dos Correios, afirmou que o protesto é fruto da indignação da sociedade para com recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que prevê o retorno dos indiciados - apesar de Judicário e MP alagoanos terem 'unido forças' para mantê-los afastados.

A sessão popular contou com a participação dos deputados Castelo (PTB), João Carlos (PTB), Hélio Silva (DEM) e Manoel Sant'Anna (PTB).

O prédio da ALE ficou ocupado durante toda esta terça. "Caso os deputados não se manifestem em torno da cassação dos indiciados na Taturana, nós vamos reocupar a ALE", advertiu Cícero Lourenço, um dos membros do Movimento Social Contra a Criminalidade e a Corrupção (MSCC).

CAMINHADA

Os manifestantes também saíram às ruas da capital em direção ao Palácio do Governo, no centro de Maceió.

com gazetaweb // bruno soriano



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