Satuba

A prefeita de Satuba, Cícera Pereira, esteve agora há pouco com o secretário de Defesa Social, o general Sá Rocha, pedindo mais segurança. A prefeita teme risco de morte, depois que foi ameaçada pelo detento Luís Henrique de Oliveira, réu confesso no assassinato de Carlos André Fernandes, conhecido por “Fiscal”.

No encontro com o general, Cícera Pereira, também conhecida como Cícera do Bar, entregou ao secretário as provas da ameaça – feitas por um programa de rádio. Depois que saiu do prédio, a prefeita se negou a falar com a imprensa e o secretário disse apenas que vai investigar a situação para tomar as providências. Por enquanto, a Polícia Militar de Satuba vai garantir a segurança da prefeita.

Ameaças

Na última semana, o detento, que está preso no Baldomero Cavalcanti, entrou ao vivo no programa “Ministério do Povo”, onde contou como aconteceu o crime pelo qual foi preso, em 2005, e também afirmou que havia um plano para assassinar a prefeita, encomendado pelo vice-prefeito, Délio Almeida.

Luís Henrique disse que a prefeita só estava viva porque ele estava preso. “Ele [o vice prefeito] combinou comigo a morte da prefeita e disse que quando assumisse a prefeitura me dava um dinheiro, não a matei porque fui preso. Na morte do Carlos André, ele foi ao meu encontro junto com o Túlio (motorista do vice-prefeito), me disse que cara estaria no posto e ainda acompanhou o assassinato à distância. Ele [Délio] agora diz que não me conhece e me chama de maloqueiro, mas vivia comigo em churrascaria e tenho como provar. Ainda quer colocar a culpa do crime pro Adalberon (de Moraes, ex-prefeito de Satuba), mas eu nunca tive contato com Adalberon”, completou.

Crime

Carlos André foi assassinado quando estacionava seu carro no Auto Posto São Paulo, localizado às margens da BR-316, no município de Satuba. Ele foi morto com cerca de dez tiros de pistola, por dois homens que estavam em uma moto.

Nas investigações da Polícia Civil – inquérito concluído pelo delegado Rosivaldo Vilar -, o ex-prefeito de Satuba chegou a ser acusados de ser autor intelectual do crime. Na época ele estava detido no presídio Cyridião Durval e alegou inocência.

Délio Almeida é acusado de ser um dos autores intelectuais do crime. O ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, foi denunciado, no ano passado, como o outro autor intelectual do crime e está foragido.

O motorista e segurança do vice-prefeito, Túlio Virgílio- segundo o promotor de Justiça Cyro Blatter -, teria atuado como intermediador entre os mandantes e os supostos autores materiais, sargento Raimundo Medeiros (denunciado junto com Adalberon e também foragido) e Luiz Henrique Oliveira, único preso, que está no Baldomero.

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