O rombo na Previdência Social em 2017 foi de quase R$ 269 bilhões. Esse déficit inclui INSS e servidores públicos da União. Foi o maior rombo da série histórica iniciada em 1995.
A reforma no sistema de aposentadoria é essencial para cobrir esse déficit, especialmente porque o governo federal destina mais de 40% de seu orçamento para despesas obrigatórias com Previdência. Quanto maior a fatia da verba para a Previdência, sobram menos recursos para saúde, educação, segurança, investimentos públicos.
A situação se complica num horizonte de curto prazo pois o bônus demográfico deve terminar em 2022. Isso significa que, a partir do ano seguinte, a população de idosos aposentados deverá maior que a de trabalhadores na ativa. Como quem está na ativa paga a contribuição do aposentado, o governo precisa rever as regras da Previdência sob pena de não haver dinheiro para o pagamento de aposentados em um breve espaço de tempo.
O governo Michel Temer tentou aprovar a reforma da Previdência, mas a falta de apoio da base impediu a votação no Congresso. Por isso, a maioria dos candidatos a presidente reconhece a urgência de encaminhar a reforma logo no início do mandato iniciado em 2019.
Clique nos textos abaixo para conhecer um pouco mais do programa de governo dos 10 presidenciáveis que dedicam páginas ao tema:
- Reforma da Previdência de Alvaro Dias prevê recursos de privatização em fundo do INSS
- Reforma da Previdência de Ciro terá idade mínima definida por gênero e atividade
- Boulos quer ampliar a Previdência no País
- Henrique Meirelles quer adotar idade mínima e mudar aposentadoria do setor público
- Reforma da Previdência de Bolsonaro terá transição para modelo de capitalização
- João Amoêdo quer atacar 'privilégios' de políticos e servidores na Previdência
- João Goulart Filho quer revogar todas as reformas de Previdência dos ex-presidentes
- PT propõe unificação dos regimes de Previdência de servidores
- Marina defende Previdência com sistema misto de contribuição e capitalização