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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) apontam que os casos de leishmaniose registrados em Alagoas dobraram em relação ao ano passado. Nos primeiros oito meses já foram notificados 63 casos da doença, quando em 2017 houve 30 registros.
Segundo levantamento os maiores índices da doença se registram nas cidades de Estrela de Alagoas, com 11 casos e Palmeira dos Índios com oito.
Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a leishmaniose é uma das seis doenças infecciosas que mais acomete pessoas do mundo e uma média de 2 milhões de pessoas são contaminadas.
A sua transmissão se dá por intermédio da picada de um inseto, o flebótomo do gênero Lutzomyia, que por ser muito pequeno consegue atravessar mosquiteiros e telas. Porém o mosquito só transmite a leishmania se tiver picado um animal infectado e sua transmissão não acontece de homem para homem
Entre os principais transmissões estão os cães domésticos que podem servir também como hospedeiros.
O médico infectologista Gilberto Salust explica que a leishmania requer um tratamento ambulatorial se for cutânea, ou seja, apresentar um ferimento tipo úlcera, único ou multiplos. Se for viceral, o paciente terá febre alta, evolução prolongada, anemia severa, crescimento do fígado e do baço. O infectado pode apresentar também inchaço nos gânglios.
"O tratamento da doença depende da gravidade, o tipo viceral só é tratado sob internação. As dogas utilizadas são a metil glutamina ou a Anfotericina, ambas as substâncias têm efeitos adversos que devem ser monitorados", concluiu o médico.
