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16/06/2007 00:00:00

União dos Palmares


União dos Palmares

O prefeito de União dos Palmares José Pedrosa disse, neste sábado (16), que foi procurado pelo doutor Humberto Gomes de Melo, presidente de Santa Casa de Misericórdia de Maceió, que propôs a viabilização daquela instituição beneficente absorver em regime de comodato, o atual Hospital São Vicente de Paulo (também instituição filantrópica), o qual, segundo a atual administração atravessa grave crise financeira.

 

Funcionando como Hospital Regional, o São Vicente de Paulo a cerca de seis anos passados firmou convenio com determinado grupo empresarial do município, cujo acordo expirou em 31 de dezembro de 2006, passando então o nosocômio a ser administrado novamente pelos vicentinos que alegam haver “herdado” um débito superior a 250 mil reais, importância esta segundo se comenta, que continua crescendo.

 

Histórico de Crises

 

É sabido que até inicio dos anos 70 quando o São Vicente era administrado em regime de mutirão por membros da comunidade e vicentinos, não havia crises porque o atendimento era “domestico”, mas com o advento da pista asfáltica que interligou a região, os enfermos, das cidades da zona da mata e até do interior pernambucano passaram a utilizar os serviços do hospital, que, sem que fosse percebido, tornou-se regional. “É mais cômodo para um prefeito de uma cidade menor enviar seus pacientes para União do que manter o sistema local de atendimento a população” disse um popular que não quis ser identificado.

 

As constantes crises ameaçaram diversas vezes, mas mesmo assim, se conseguiu comprar um aparelho de raios-X, expandir os leitos, firmar convênios com o SUS, até que, recentemente um grupo de médicos da cidade adquiriu o também falido Hospital Geral de União, obrigando o governo a dividir as cotas pagas pelos internamentos do governo federal (que antes da atual administração era dividida em partes desiguais: o hospital particular que não tem serviços emergenciais tinha 60% da guias de internação e o São Vicente que mantém, mesmo precariamente esse tipo de serviços ficava com 40%).

 

Sem solução

 

Nem mesmo a reversão dos valores conseguiu equilibrar as finanças do Hospital que com o crescimento populacional passou a enfrentar dificuldades, mesmo administrado por um grupo empresarial que é um dos maiores do ramo sucro-alcooleiro do Nordeste (desconhece-se o motivo do rompimento do contrato).

 

Os vicentinos, por sua vez são pessoas de baixo valor aquisitivo, ou seja, uma camada da população pobre, de credo religioso católico, que assistem, impotentes as subidas e descidas de seu hospital, (maior obra da confraria no interior alagoano), o qual, segundo o prefeito Pedrosa “poderá se tornar um hospital a altura das necessidades da região”.

 

O prefeito ainda afirma que “já consultei os vicentinos de União dos Palmares e a regional de Alagoas e encontrei excelente receptividade sobre o assunto, mas somente na próxima terça feira, quando houver uma reunião, poderá surgir algo de concreto a respeito do assunto, mesmo porque a predisposição da direção da Santa Casa de Misericórdia, é, se houver interesse, também englobar o Hospital Geral de União, interiorizando os serviços hospitalares (que é tida como uma das mais respeitadas do Nordeste no ramo) e desafogando a Unidade de Emergência Armando Lages em Maceió. Somente os casos mais sucintos como cirurgias cardiovasculares e transplantes é que se realização em Maceió, o que deve gerar economia para os municípios, principalmente para União dos Palmares, cujos gestores gastam diariamente fábulas no transporte de seus enfermos e em internações na capital alagoana”.

 

Da Editoria – Antonio Aragão

 

 

 

 

 

 

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