Polícia

Os pacientes do Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy (CPJ, o antigo Manicômio) promoveram, ontem, um início de motim, em protesto pelo retorno dos sete agentes afastados há duas semanas pelo ex-diretor James dos Santos, sob acusação de práticas de maus-tratos.
O episódio foi o desfecho de uma semana marcada pela expectativa, mas, sobretudo, por críticas à forma como o caso foi tratado pelos responsáveis pelo sistema penitenciário: os agentes acusados de maltratar os pacientes [os internos do CPJ não são, tecnicamente, considerados detentos] foram reintegrados e o diretor que os afastara [medida considerada correta pelos servidores] acabou exonerado.
Diretor perde o cargo após afastar agentes agressores
A nova diretora do Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy (CPJ), Magali Pimentel, deve analisar se a unidade precisa mesmo do efetivo de 14 agentes penitenciários por turno solicitado pelos funcionários.
A informação foi prestada durante o primeiro encontro com um grupo de 15 deles, tão logo chegou à unidade.
A ex-secretária de Justiça foi designada para substituir James dos Santos, o diretor que afastou os sete agentes acusados de maus-tratos.

GAP foi acionado para impedir fuga

Imediatamente após a apresentação da nova diretora do Centro Judiciário, Magali Pimentel, ontem pela manhã, um grupo de pacientes deu início a uma rebelião na unidade. Os internos não aceitam o afastamento do diretor James dos Santos, com quem, segundo funcionários, mantinham bom relacionamento.
Agitados, eles tentaram agredir a diretora, mas foram contidos por enfermeiros. Um dos pacientes chegou a mutilar-se para chamar a atenção.

Fonte - Jornal Gazeta de Alagoas - Felipe Farias