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Meio Ambiente
12/07/2018 07:34:00

Cientistas cogitam mudar genética em espécies para combater mudança climática


Cientistas cogitam mudar genética em espécies para combater mudança climática
Ilustração

Fonte efe

Usar engenharia genética para modificar organismos e ajudá-los com isso a resistir ao impacto da mudança climática é a proposta de pesquisadores publicada nesta quarta-feira na revista "Royal Society Open Science".

O trabalho foi liderado pelo pesquisador Ricard Solé, que propõe utilizar a engenharia genética e a biologia sintética em espécies como possível atuação futura para modificar os ecossistemas em perigo pela mudança climática.

Segundo Solé, "os organismos sintéticos têm um grande potencial, poderiam deter mudanças catastróficas e restabelecer condições adequadas para manter ecossistemas diversos".

"Um primeiro passo nesta direção é o desenvolvimento de modelos matemáticos que nos permitam decidir as melhores estratégias de bioengenharia da biosfera", afirmou o responsável de um estudo realizado pelo Laboratório de Sistemas Complexos do Instituto de Biologia Evolutiva e o Centro de Pesquisa Matemática (CRM).

Os pesquisadores propõem modificar geneticamente uma espécie de microorganismo determinada, que já se encontra presente no contexto ecológico e, como haveria risco de se expandir e se transformar em invasora, propõem fazê-la dependente da interação com outros seres vivos.

Os autores estudaram a situação dos ecossistemas semidesérticos, onde o aumento de temperatura provocará uma transição brusca para o estado desértico e viram que um componente chave deste ecossistema é a camada chamada crosta do solo, onde vivem vários organismos, entre os quais se encontram as cianobacterias.

Assim, pensam na possibilidade de modificá-las geneticamente para que melhorem a retenção de água na crosta, o que permitiria expandir a coberta vegetal.

Os pesquisadores também exploraram uma estratégia para enfrentar o acúmulo de resíduos plásticos nos ecossistemas aquáticos e acreditam que um microorganismo modificado utilizaria os restos de plástico nos oceanos como substrato e os destruiria.

Segundo Solé, o sistema seria autolimitado, por isso que uma vez feita a função, o organismo já não poderia sobreviver.



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