Pelo menos 46 pessoas morreram e 48 estão desaparecidas no Japão devido às intensas chuvas que afetam a metade sul do arquipélago e mantêm quatro províncias em alerta máximo por inundações e deslizamentos de terra. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) mantém o alerta nas províncias de Kyoto, Hyogo, Okayama e Gifu, no oeste e centro do país asiático, depois de revogá-lo em Fukuoka, Nagasaki, Saga, Hiroshima e Tottori (sudoeste e oeste).
Foi na região ocidental do país onde ocorreram as 46 mortes. As vítimas tinham entre 40 e 90 anos, segundo informações da polícia e dos bombeiros citadas pela rede pública NHK. A maioria delas foi arrastada pelas águas de rios que transbordaram, embora algumas − como uma mulher nonagenária da cidade de Kinnoyama, na província de Hiroshima − tenham morrido quando sua residência foi atingida por um deslizamento de terra. A maioria dos desaparecimentos foi registrada nas províncias de Hiroshima, Ehime e Okayama, onde as equipes de resgate ampliaram as buscas.
Cerca de 650 membros das Forças de Autodefesa (o Exército japonês) estão participando dos trabalhos de resgate, e outros 21.000 estão prontos para entrar em ação, disse neste sábado o ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, à imprensa. A rede NHK está transmitindo ao vivo imagens de localidades alagadas pelos transbordamentos de rios, casas situadas em encostas montanhosas parcialmente sepultadas pela terra e pontes destruídas. Além de Kyoto, Hyogo, Okayama e Gifu, em estado de emergência, outras 28 das 47 províncias do Japão estão em alerta e as autoridades ordenaram a retirada de 4,7 milhões de pessoas de suas residências.
A agência meteorológica japonesa alertou que “o terreno foi minado pelas precipitações, por isso há risco de acidentes relacionados com deslizamentos de terra ou desmoronamentos, mesmo quando a chuva parar”, e pediu que fosse mantida a vigilância em áreas montanhosas e próximas a rios.
As intensas chuvas no arquipélago japonês começaram na quinta-feira e a JMA prevê até este domingo um volume recorde de precipitações, que poderiam chegar a 80 milímetros por hora em algumas regiões.