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Saúde
05/06/2018 12:59:00

Alagoanos necessitam de doação de medula óssea


Alagoanos necessitam de doação de medula óssea

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Quanto custa salvar uma vida? Você acreditaria se ouvisse que em 40 minutos você poderia salvar uma pessoa? Que, na verdade, os grandes heróis das telas de cinema existem na vida real e também possuem poderes especiais? No cenário real, alguém com esse poder é conhecido como doador.

No entanto, o que seria um ato tão simples quanto ser doador de sangue, por exemplo, acaba por não apresentar resultados tão animadores.

Um outro exemplo está nas regiões Norte e Nordeste onde se encontram os estados com os menores índices de doadores de medula óssea cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Entre as nove unidades federativas do Nordeste, em uma escala crescente da quantidade de doadores, Alagoas é o 7º colocado com cadastrados para doação de medula óssea. São apenas 45.113 pessoas. Este é um resultado muito abaixo do esperado, levando em consideração que o Estado possui mais de três milhões de alagoanos.

Para reverter a situação, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) e o Hemocentro Regional de Arapiraca (Hemoar), através da Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau), realizam diversas campanhas de conscientização, que visam aumentar o número de alagoanos cadastrados no Redome.

Doação de medula óssea

Pessoas que possuem doenças que comprometem a produção do sangue pela medula, como leucemia e aplasia de medula óssea e crianças com algumas doenças genéticas necessitam desse tipo específico de doação.

No entanto, a maior parte dos pacientes não encontra doador compatível na família. As chances são de apenas 25% de um doador compatível estar entre irmãos. Dessa maneira, a pessoa com necessidade de receber esse tipo de doação precisa procurar uma doação compatível no Redome.

Como funciona a doação de medula óssea?

Após ser definida a compatibilidade entre doador/receptor, é confirmada a decisão sobre a doação. O resultado é encaminhado ao centro transplantador, e é agendada a possível data para o transplante ser realizado. Na próxima etapa, o centro que coletará a medula do doador entrará em contato com o mesmo para dar continuidade ao procedimento da doação.  

A doação ocorre de duas maneiras diferentes. A primeira é conhecida por doação por punção direta e dura cerca de 40 minutos. Esta é realizada com agulha e retira-se cerca de 10% de medula (semelhante ao tutano nos animais bovinos) da crista ilíaca, região das nádegas. O doador fica em observação por um dia e pode retornar suas atividades no dia seguinte.

A segunda maneira para extrair a medula acontece pela chamada aférese, uma filtração de células-mãe que passam pelas veias. O doador recebe uma medicação durante cinco dias que estimula a produção dessas células-mãe, que migram da medula para as veias e são filtradas. O processo dura em média quatro horas.

Quantas doações podem ser feitas?

Se for necessário, o doador pode repetir o processo outras vezes, pelo fato da medula conseguir se regenerar em torno de 15 dias.

Como ser um doador?

O cadastro pode ser realizado durante as campanhas ou no Hemocentro do Estado. Para fazer a doação é necessário que a pessoa tenha entre 18 e 55 anos e esteja em bom estado de saúde. O futuro doador também precisa fornecer dados e endereço exatos para posterior contato caso seja compatível. Por fim, 4ml de sangue serão colhidos para o teste de compatibilidade.

Para qualquer alteração no endereço, o doador pode acessar o site do Redome redomeweb.inca.gov.br ou procurar o Hemoal ou Hemoar para atualizar o cadastro.



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