É como se apenas aos muito jovens fosse concedido o bem do amor pelo próprio sentimento e a condição de sair por aí de mãos dadas, sem maiores preocupações, num clima de festa e alegria - apostando na surpresa do presente escolhido e comprado com carinho.
Esse clima, que parece deixar de fora os mais maduros, os já casados e todos aqueles que não se enquadram na categoria de namorados, acaba por nos fazer esquecer que o amor não tem idade e se renova a cada experiência vivida, a cada alegria e mesmo a cada tristeza, fortalecendo-se e dando um sentido à vida.
Amor é confiança mútua, solidariedade e respeito pelo ser amado. Amar de verdade é acreditar na luta a dois e encarar as dificuldades comuns com coragem e união; é compreender as diferenças e tirar dos desentendimentos
a sabedoria necessária para poder evitá-los numa próxima ocasião.
Paciência, companheirismo e dedicação são comportamentos indispensáveis, para crescimento e continuidade do amor, esse sentimento de tantas faces que acaba por determinar os rumos de vida dos seres humanos. Com a maturidade e vivência mútua é que o amor se autentica.
Pensando assim, o Dia dos Namorados, quando comemorado depois de uma longa convivência, é tão real e merecido como aquele dos jovens que estão bem no início do caminho.
Marina Gold/Especial para o Terra