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Justiça
13/04/2018 12:40:00

'O gestor que continuar na ilegalidade vai parar na cadeia' diz Gaspar sobre desvios em Al


'O gestor que continuar na ilegalidade vai parar na cadeia' diz Gaspar sobre desvios em Al

Com um desvio de R$ 12 milhões da prefeitura de Mata Grande somente com locação de veículos, o ex-prefeito Jacob Brandão e o irmão Júlio Brandão foragidos e com a prisão de seis pessoas suspeitas de participarem da organização criminosa, o procurador-geral de Justiça, do Ministério Público Estadual (MPE), Alfredo Gaspar de Mendonça, afirmou que "o gestor que continuar na ilegalidade, o destino dele vai ser na cadeia".

Durante uma coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (12), Alfredo Gaspar disse que alguns municípios foram investigados pelo MP, sendo eles: Poço das Trincheiras, Maravilha, Água Branca, Pão de Açúcar, Girau do Ponciano, Ouro Branco e Mata Grande. Entretanto, a maior descoberta foi na cidade de Mata Grande que com apenas uma ação desviou R$ 12 milhões.

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“Nos deparamos com uma organização criminosa que meteu a mão com força no dinheiro da prefeitura. Uma organização que usou a prefeitura como o quintal de casa de desviou milhões em apenas uma única ação. Jacob e o irmão estão foragidos, mas vamos achá-los”, ressaltou Gaspar.

Gaspar ainda ressaltou que o Ministério Público tem agido para fiscalizar os recursos públicos e citou como exemplo, além do caso de Mata Grande, o ex-prefeito de Rio Largo, Toninho Lins.

“É um desastre administrativo e é a prova do que uma gestão corrupta produz. O vice-prefeito de Mata Grande também se encontra afastado juntamente com três vereadores por atos de corrupção que foram filmados. Isso é um exemplo que vem do passado e permanece, mas o MP não vai fechar os olhos para a corrupção, estamos investigando outros gestores e o lugar desses corruptos é na cadeia”, enfatizou o procurador.

Prisões

A Operação Ánomos foi deflagrada nessa quarta-feira (11) e cumpriu mandados de prisão em Maceió e também no interior. As prisões preventivas  foram expedidas em desfavor de Jacob Brandão, Daniel Cunha Ramos (cunhado de Jacob), Max Davi Moura Rodrigues, Clériston Marinho Buarque, Carlos Henrique Lisboa da Silva, Antônio José Bento de Melo, Euzébio Vieira de França Neto e Petrúcio José da Silva Filho.

Já as temporárias foram para Eustáquio Chaves da Silva, Sobrinho de Jacob (ex- diretor executivo da Câmara de Vereadores de Mata Grande), Emernegildo Ramalho Mota (controlador da empresa Transloc),  Genilda Gomes Lima – Ômega Locação e Victor Pontes de Mendonça Melo- controlador da empresa Albatroz – preso pela terceira vez em fraude de licitação.

Max Davi é parente do Jacob e consta como um dos beneficiados pelas quantias desviadas.

Locação de veículos

Conforme explicou o promotor de Justiça Antônio Luiz dos Santos, foram investigadas obras superfaturadas, locação de veículos, estruturas para eventos (palco, sons e iluminação), aquisição de medicamentos com empresas que sequer receberam remédios.

O promotor explicou que outras prefeituras também foram investigadas. “Denunciamos um empresário que utilizava estabelecimento para faturar notas fiscais frias, em Santana do Ipanema foi o ex-prefeito que desviou o dinheiro na contratação de bandas e em Mata Grande foram duas denúncias pela aquisição de medicamentos”, explicou.

"A EP Construções e Locações de Veículos, era comandada por Euzébio Vieira e com um sócio Petrúcio da Silva. As investigações mostraram foram desviados R$ 7,8 milhões por meio dessa empresa", explicou.

Sobre a locação de veículos, o promotor Carlos Davi, explicou que a empresa fazia um acordo com o gestor e a empresa sublocava carros, recebia da prefeitura, pagava “qualquer importância” e o dinheiro era sacado na boca do caixa. “A sede da empresa, na maioria das vezes, era uma casa velha. A maior parte do pagamento ia para o bolso do gestor. Era tanto dinheiro que o gerente do banco chegou a bloquear duas contas que estavam sendo utilizadas”, disse.

O promotor Carlos explicou que uma parcela pequena dos carros contratados eram sublocados de munícipes ou da própria família dos envolvidos. "A grande maioria não chegou a ser entregue à prefeitura".

O Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), disse que o dinheiro desviado do município é o equivalente ao valor de 130 carros populares.

Com todo o dinheiro desviado, dava para a prefeitura ter comprado 130 carros populares, 40 vans das mais modernas ou 20 caminhões de lixo. 

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