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Mundo
07/04/2018 19:00:00

Sindicato detona Fifa e comemora conquistas contra escravidão no Qatar


Sindicato detona Fifa e comemora conquistas contra escravidão no Qatar

Enquanto acontece a contagem regressiva para a Copa da Rússia, no Qatar, país-sede em 2022, ao menos 1.200 operários vinculados às obras do Mundial já morreram como resultado das condições degradantes de trabalho, de acordo com relatório da Confederação Internacional da União dos Trabalhadores (ITUC, sigla em inglês), que representa mais de 200 milhões pessoas em 155 países.

Em entrevista ao UOL Esporte, a secretária-geral da associação, a galesa Sharan Burrow, 63 anos, critica com veemência a omissão da Fifa no caso, mas confirma e comemora um recente acordo com o governo qatari para acabar com o que ela chama de "escravidão moderna".

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No Oriente Médio, cerca de 23 milhões de trabalhadores imigrantes estão sujeitos à "kafala", que em árabe significa tutela. Neste sistema cujas raízes datam dos anos 30, os funcionários só podem trocar de emprego ou até mesmo sair do país com a autorização da empresa com quem têm contrato.

Com o poder na mão dos empregadores, os operários ficam sujeitos a condições impostas e, com direitos restritos, muitos têm de encarar longas horas de expediente forçado, sem intervalo, em altas temperaturas - no verão, os termômetros apontam até 45ºC.

Crítica ferrenha da conjuntura trabalhista nos países do Golfo, Burrow esteve no Qatar incontáveis vezes desde que o país foi escolhido, em 2010, como a primeira sede árabe para uma Copa. A seguir, a líder sindical explica quais são as principais melhorias aguardadas após o acordo firmado com o governo local. Com informações da Folhapress. 



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