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03/03/2018 23:56:00

Antes Que Toque a Trombeta


Antes Que Toque a Trombeta

O instinto animal tem lá sua lógica até porque, ao nosso juízo, é fruto de uma lógica maior. E, que tem me chamado atenção ao longo da minha observação é que em nossa maioria, não obstante outros avanços, ainda em um estágio primário de conhecimento da nossa integralidade.

Sim, enquanto agentes construtores de uma história inexoravelmente atrelada à química orgânica que carregamos. Desconhecimento este que é igualmente identificável na nossa conduta enquanto homo sapiens sapiens. E, o que é mais estranho, tanto nos principais líderes da economia global quanto nos mais humildesservos da gleba que, lutam com imensas dificuldades para garantir para si e seus congêneres, ao menos uma velhice com um mínimo de dignidade.

Ousamos dizer que, essa importante parcela da humanidade permanece desprovida de um mínimo de conhecimento sobre o quanto o nosso comportamento e trajetória existencial são condicionados pela química hormonal que, qualitativa e quantitativamente, nos escorre do nosso sistema glandular. E que, ao fluir pela malha venosa, adentrar a massa corpórea e inunda o nosso cérebro, imprime ritmos e reflexos, mediante os impulsos elétricos e sinapses neuronais que proporcionam.

Segundo o grande Nelson Rodrigues, “de perto ninguém é normal” E, ele evidentemente se referia ao normal socialmente idealizado e hipocritamente exacerbado; ao ponto de tantos se considerarem mais normais que os demais. Embora, a rigor e sem ser pejorativo, é sabido que nós humanos organicamente não somos mais que ambulantes usinas de queimar alimentos e que, todos nós lindos ou não somos igualmente dotadas de sacos de hormônios e, de fezes.

Ora, reflitamos mais um tanto profundamente. O cosmos é um imenso painel pedagógico e educativo com suas lições imensamente estampadas sobre as nossas cabeças. Nós é que somos maus alunos, em não prestarmos atenção nos seus conteúdos e inestimáveis ilustrações. Senão vejamos: todos os corpos celestes são esféricos ou estão em vias de o ser; ou seja, suas formas são determinadas pela lei do retorno consubstanciada no círculo.

Ao analisarmos a forma esférica percebamos que, nela, partindo-se de um ponto qualquer da sua superfície e, seguindo-se em rota fixa continuamente sobre a mesma, invariavelmente retorna-se ao ponto de partida. Assim, início e fim são relativos e, apenas um retorno quantitativo e qualitativo. Um absoluto resultado garantido, estável, perene e inexorável.

Suponhamos mais um pouco e imagine-te um gigante em pé sobre a face da Terra e, com os ombros na altura da baixa força gravitacional. Então, pegue uma pedra cá em baixo e, com teu gigante braço, lance à tua frente na órbita terrestre. Agora feche os olhos e imagine a cena enquanto visualiza a trajetória da pedra... assustador não é? Sim, porque, se entendes um pouco de campo gravitacional te será impossível manter os olhos fechados.

Tu, gigante, abririas os olhos e saltarias pra um lado porque, ao circundar o globo, o pétreo petardo retornaria veloz pela tua retaguarda, e viria direto para a tua nuca ou imediações. Grande lição não é? E, creio que, em teu perfeito senso jamais desejarias ser o tal imprudente gigante dessa nossa ilustração.

Espero que este texto tenha tornado mais claro que, na direção na qual seguires ou te lançares, dela será e virá o respectivo retorno. Pois, quem não vive para servir e se serve de si apenas para si, terá o seu egoísmo como avassalador retorno.  

Enfim, servir para viver é servir à vida. Porque, o ser verdadeiramente ser para si é viver sua potencialidade para amar o próximo e, o servir como a si mesmo.

Aprendamos, pois, e ensinemos assim; essa é a uma nossa recomendação. Enquanto ainda há tempo, enquanto não soa a trombeta.

George W. De B. Cavalcanti

Pensador por vocação e Educador por formação.

 

 

 

 

 

 

 

 



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