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24/10/2008 00:00:00

Polícia

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O ex-cabo Everaldo Pereira dos Santos, pai da adolescente Eloá Cristina Pimentel (15), morta pelo ex-namorado em Santo André, é acusado de cometer mais um crime em Alagoas. Desta vez, Everaldo é acusado de assassinar a ex-mulher, Marta Lúcia Pereira (36), em 1993. A denúncia foi feita nesta quinta-feira (23), pelas irmãs da vítima Claudilene Vieira e Rita de Cássia.

Segundo Claudilene Vieira, o ex-PM e sua irmã mantiveram um relacionamento estável de cinco anos. Eles moraram juntos em uma casa na Rua Tiradentes, na Ponta Grossa. A irmã da vítima afirma que Marta Pereira sabia que Everaldo pertencia à Gangue Fardada e que vinha cometendo crimes no Estado, incluindo aí o do delegado Ricardo Lessa.

Marta teria terminado a relação com o ex-cabo após descobrir que ele mantinha um caso com Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá. “Eles viviam bem e há um bom tempo. Mas aí ela (Marta Pereira) descobriu a ‘Tina’ e terminou”, revelou Claudilene.

Para Rita de Cássia, outra irmã da vítima, dois motivos levaram à morte de Marta Pereira. O primeiro estaria ligado à queima de arquivo. O segundo diria respeito a questões passionais. “Ele matou ela, primeiro, porque ela sabia demais. Ela sabia de todos os crimes que ele vinha cometendo. E depois, porque ele queria voltar para Marta e ela não queria”, disse.

De acordo com Rita de Cássia, sua irmã desapareceu no dia 1º de Abril de 1993 e foi encontrada morta no dia 15 de Abril, em um canavial, na cidade de Pilar, queimado e degolado. O corpo foi reconhecido por Mário Crecêncio Vieira, pai da vítima, que um ano depois faleceu devido a complicações que, segundo Rita, foram decorrentes da morte da filha.

Questionados sobre a demora para que a família fizesse a denúncia, Claudilene Vieira e Rita de Cássia informaram que, na época, não acusaram o ex-PM por medo, por saber que ele pertencia à Gangue Fardada. Após reconhecerem Everaldo pela TV, elas resolveram fazer a denúncia à imprensa.

As irmãs afirmam que ainda não formalizaram a acusação e que devem, nos próximos dias, procurar a polícia. No entanto, por telefone, a Polícia Civil confirmou que já tinha conhecimento desta acusação.

com gazetaweb //