Um dia após dizer que daria "carta branca" para a PM matar, o presidenciável e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), 62, recua e diz em discurso em Manacapuru (85 km de Manaus), que a autorização será para ele "não morrer"."Eu não quero dar carta branca pro policial matar, eu quero dar carta branca pro policial não morrer. E, se para não morrer, tem de matar, que faça o seu serviço", disse.
Após
atender a dezenas de pedidos de selfies e de posar para uma foto com seguidores
diante da igreja da praça, Bolsonaro deu entrevista a uma rádio local, onde
atacou ambientalistas e defendeu a desburocratização das licenças ambientais.
O
ex-capitão do Exército disse que uma licença para uma usina hidrelétrica
pequena deveria durar "não mais do que uma semana, e não três, quatro,
seis anos".
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O
presidenciável defendeu que o programa Minha Casa, Minha Vida seja repassado
para as prefeituras, falou em aumentar os investimentos em pesquisa e afirmou
que não dá para conciliar combate à violência com direitos humanos.
"Não
dá pra fazer política de combate à violência, de segurança pública, tendo ao
lado direitos humanos. Ou achar que todo mundo deve ser tratado igualmente
mesmo quando está fazendo a coisa errada."
VETO
A
Marinha vetou a presença de jornalistas durante uma visita de Bolsonaro a um
navio-hospital, nesta sexta-feira (15), em Manacapuru (85 km de Manaus).
A
visita ocorreu no início da manhã. Para chegar ao navio, parado no meio do rio
Solimões, Bolsonaro teve de usar uma lancha militar. Em seguida, discursou para
algumas dezenas de apoiadores em uma praça da cidade.
Em
nota de esclarecimento, a Marinha informou que Bolsonaro é um dos parlamentares
que apresentaram emenda parlamentar para financiar as operações de assistência
médica da Força Armada.
"Assim,
a visita do deputado tem caráter institucional e demonstrativo, cujo propósito
é o de apresentar como esses recursos são aplicados', afirma a nota.
Segundo
a Marinha, essa atividade já foi realizada com outros parlamentares e que
apenas a tripulação do navio e a comitiva de Bolsonaro participariam da visita.
Desde
o início da noite de quinta-feira (14), a reportagem questionou a assessoria de
imprensa do 9º Distrito Naval, mas não houve resposta até as 11h locais (duas
horas a menos do que São Paulo). Com informações da Folhapress.