Há cinco anos, os integrantes da Reserva Técnica do último
concurso público da Polícia Civil de Alagoas aguardam a tão almejada
convocação. O certame foi realizado em 2012 e prorrogado no dia 24 de janeiro
de 2015, mas deve expirar no dia 24 de janeiro do próximo ano.
Na espera, seguem 90 agentes
de polícia e mais 30 delegados, que poderiam fortalecer a execução dos
trabalhos do órgão cujo efetivo já está defasado. Para se ter uma ideia
atualmente, a Polícia Civil de Alagoas conta com 1.467 agentes de polícia,
porém a carência ainda é gigante: o déficit é de 1.817 agentes. Sendo assim,
convocar os 90 da reserva ajudariam, de forma inicial, a reduzir essa carência
de pessoal.
Reiteradas vezes, o
governador, Renan Filho (PMDB), anunciou que convocará o grupo “até o final de
2017”. Segundo o gestor, tal medida iria cumprir com o que foi acertado pela
via dos concursos públicos e melhorar o serviço público para o cidadão.
Entretanto, faltando menos de um mês e meio para fim do ano e há quase dois
meses de o concurso expirar, nenhuma data foi apresentada. Nesse caminho,
falta ainda o curso de formação dos novos policiais, além da nomeação.
A segurança pública foi
encarada como prioridade na gestão Renan Filho. Os resultados se refletem nos
dados do 11º Anuário Estatístico da Segurança Pública (Fórum Brasileiro de
Segurança Pública) enfatizados pelo próprio governador na última semana de
outubro quando Alagoas deixou de ser o estado mais violento do País e reduziu
os números de mortes violentas intencionais.
Ainda há muito o que avançar,
porém o reforço no quadro da Polícia Civil pode auxiliar na continuidade e
avanço dessas melhorias. Uma espera de cinco anos para estes 120 profissionais
– entre eles, pais e mães de família – pode estar perto de um final, mas a
convocação precisa ser imediata. O momento é de expectativa e apreensão.
Fonte: Tribuna Independente / Texto: Editoria de Política