Notícias ao Minuto - Em mensagem divulgada neste domingo (15), o presidente
Michel Temer destaca a canonização de 30 mártires de Cunhaú e Uruaçu, no Rio
Grande do Norte, ao lembrar que esses santos foram vítimas da intolerância.
"A canonização de nossos mártires, eles mesmos vítimas da intolerância,
traz este importante ensinamento: sejamos todos mensageiros e construtores da
paz e do entendimento", diz Temer. Eles foram canonizados neste domingo
pelo papa Francisco. As informações são da Agência Brasil.
Na mensagem, Temer lembra que a
canonização ocorre poucos dias após a celebração dos 300 anos do encontro da
imagem de Nossa Senhora Aparecida por pescadores no Rio Paraíba do Sul, em São
Paulo.
"Essa feliz sucessão de eventos
renova, em dezenas de milhões de brasileiros, a virtude maior da caridade
cristã. E renova nossa disposição coletiva para, por meio do diálogo, chegar à
compreensão do outro. Isso é particularmente significativo neste momento da
história", lembra a mensagem presidencial.
No texto, o presidente afirma que o
mundo traz marcas de "extremismos, de incertezas", além de viver uma
crise de solidariedade, que precisa ser vencida. "O nosso mundo traz,
infelizmente, marcas de extremismos, de incertezas. Nossa capacidade de
cooperar, de agir em conjunto, está sendo submetida a duros testes.
Atravessamos uma crise de solidariedade".
Para o presidente, vencer a crise é
uma responsabilidade comum e é, também, urgente promover o resgate da
solidariedade entre as pessoas e também entre as nações. "É urgente
resgatar a solidariedade e, com ela, a esperança".
Na mensagem, Temer lembra que, em
recente homilia, o papa Francisco disse que a esperança é o "impulso no
coração de quem acolhe, o desejo de encontrar-se, de conhecer-se, de
dialogar" e afirma: "É com esse espírito que temos levado adiante
transformações em nosso país. É com esse espírito que nos lançamos ao
mundo", conclui o texto divulgado nesta manhã pelo Palácio do do Planalto.
A beatificação, etapa anterior à
canonização dos 30 mártires, ocorreu no dia 5 de março de 2000, no Vaticano, e
foi presidida pelo então papa João Paulo II. Os 30 mártires, agora santos,
foram vítimas do massacre ocorrido nos dois municípios norte-riograndenses em
1645, em função das invasões holandesas no Brasil.
Na ocasião mais de 80 fiéis da Igreja
Católica foram mortos e, destes, 30 foram canonizados hoje pelo papa. A
tragédia teve início quando os holandeses invadiram o Nordeste brasileiro para
cobrar as dívidas dos portugueses que construíram engenhos com dinheiro
emprestado pela Holanda. Com informações da Folhapress.