Um princípio de rebelião na Unidade de Internação
Masculina 3 (UIM-3), localizada no bairro do Tabuleiro, parte alta de Maceió,
deixou vários agentes socioeducativos feridos.
O incidente foi registrado na noite desta quinta-feira
(20) e foi provocado por adolescentes que cumprem medidas socioeducativas os
quais se armaram com pedras e pedaços de madeira e enfrentaram os monitores que
durante o confronto foram atingidos.
Os adolescentes conseguiram quebrar a parede do
alojamento onde estavam e destruíram algumas camas. Segundo a Secretaria de
Estado de Prevenção à Violência (Seprev), a unidade, que tem capacidade para
abrigar 40 jovens, abriga 27.
Situações semelhantes vêm se repetindo desde que a
psicóloga Denise Maria Alcides Paranhos assumiu a Superintendência de Medidas
Socioeducativas da Seprev há cerca de um ano e meio. Neste espaço de tempo três
adolescentes foram assassinados por colegas e vários agentes foram feridos.
Também nesse mesmo período diversas tentativas e concretização de fugas foram
registradas.
Acusada de perseguir os agentes e de facilitar que os
infratores se articulem e tenham ‘força’ contra os servidores, Denise também é
responsabilizada pela divisão entre os menores que hoje são orientados por duas
facções criminosos, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho
(CV).
Em maio de 2016 a diretoria do Sindicato dos Agentes de
Segurança Socioeducativo e Prestadores de Serviços do Sistema Penitenciário de
Alagoas (SINDASSEPSAL) divulgou, durante uma entrevista ao jornal Tribuna Independente
diversos problemas que dentro das unidades de menores do estado.
Entre as denúncias na época se destacavam a falta de
perfil de Denise Paranhos para conduzir as Unidades e o acesso dos menores a
drogas e telefones celulares.
Durante a entrevista naquele ano o presidente do
sindicato, Carlos Renato, denunciou que as revistas aos adolescentes haviam
diminuído por ordem da superintendente que também proibiu o acesso as unidades
do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para conter os motins e rebeliões que
passaram a ser contidos pelo Grupo Operacional de Agentes Socieducativos
(Goase).
Com o agravamento da situação servidores das Unidades
exigem a saída da atual superintendente e a intervenção do Ministério Público
Estadual (MPE) e do juiz da Vara da Infância e Juventude da capital. Os agentes
temem novas mortes na UIMs. <> Página 181 //
Redação
Informações sobre este caso devem ser feitas ao Disque
Denúncia, através do telefone 181. A ligação é gratuita e o denunciante não
precisa se identificar. A informação também pode ser dada através do
site DISQUE DENÚNCIA