26/06/2024 16:41:24

Saúde
17/04/2017 14:31:16

AL registra 101 mortes em decorrência do Câncer de Colo do Útero em 2014, diz Inca


AL registra 101 mortes em decorrência do Câncer de Colo do Útero em 2014, diz Inca
Ilustração
Alagoas registrou 101 mortes de mulheres em decorrência do Câncer de Colo do Útero, em 2014, um aumento de seis casos se comparado a 2013 que registrou 85 óbitos. É o que apontam dados do Instituto do Câncer (Inca) e do Ministério da Saúde. A estatística coloca o estado na frante de Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e estados do Norte.
Ainda de acordo com a divulgação, Alagoas foi a federação onde menos mulheres afirmaram ter realizado o exame Papanicolau nos últimos três anos para identificar se tem o Papiloma Vírus Humano (HPV), fator que desencadeia o Câncer de Colo. Apenas 53,80% delas afirmaram ter realizado o exame. Por outro lado, 159.094 meninas entre 9 e 14 anos receberam as doses da vacina HPV Quadrivalente, em 2014.
A maior taxa de mortalidade por câncer de colo de útero foi encontrado no Amazonas (14,97 óbitos / 100.000 mulheres) e a menor taxa em São Paulo (3,48 óbitos / 100.000 mulheres). Roraima (85,2%) apresentou o melhor índice de mulheres que realizaram o exame. Em 2014, o Ministério da Saúde relatou que a cobertura da vacina do HPV protegeu 108,28% das meninas de 9 a 13 anos, em todo o Brasil. 
A infecção pelo HPV é muito frequente, porém regride espontaneamente na maioria dos casos. Em uma parcela menor, quando a infecção persiste, especialmente é causada por um tipo viral oncogênico responsável pelo desenvolvimento de lesões que se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para alguns tipos de câncer, principalmente o de colo de útero.
Tenho HPV, vou desenvolver câncer?
Não. Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV e comparando esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo uterino, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença do vírus. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.

Além do HPV, há outros fatores que aumentam o risco para desenvolvimento deste tipo de câncer. Fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual, podem determinar a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. Desta forma, o tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais e de gestações e o uso de pílula anticoncepcional são considerados fatores de risco. A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regridem espontaneamente, ao passo que acima dessa idade, a persistência é mais frequente.
Como posso me prevenir?
É muito importante ressaltar que o câncer de colo de útero é um câncer altamente preventivo. A prevenção é feita basicamente de duas formas: com a vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual e fazendo o exame preventivo de Papanicolau (exame citopatológico do colo do útero), que pode detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, a porcentagem de prevenção da doença é alta.
O exame deve ser feito preferencialmente pelas mulheres entre 24 e 64 anos que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com o intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada 3 anos. Com o rastreamento do Papanicolau aliado à pesquisa de HPV de alto risco, a chance de reduzir a mortalidade do câncer de colo do útero é muito grande e com a vacinação contra o HPV, esse número aumenta ainda mais. <> 7 Segundos //



Enquete
Se a Eleição municipal fosse agora em quem você votaria para prefeito de União dos Palmares?
Total de votos: 391
Notícias Agora
Google News