Os primeiros testes de uma
vacina contra o vírus zika desenvolvida por cientistas do Instituto Evandro
Chagas, órgão do governo federal sediado em Belém (PA), e da Universidade do
Texas, nos EUA, deram resultados positivos.
Em estudo
publicado na revista especializada "Nature Medicine", os
pesquisadores disseram que o medicamento, aplicado por meio de apenas uma dose,
se mostrou "eficaz" e "seguro" em camundongos.
Com uma
vacina que usa o vírus vivo, mas atenuado, os cientistas conseguiram inibir
completamente o desenvolvimento da doença nos ratos testados. Ao inserir o zika
no corpo, o medicamento estimula o sistema imunológico a criar anticorpos para
combater a patologia.
"Uma
vacina de sucesso exige um equilíbrio correto entre eficácia e segurança: as
vacinas à base de vírus atenuados geralmente oferecem imunização com dose
única, rápida resposta imunológica e proteção prolongada, mas às vezes com
reduzida segurança. Já os vírus inativos oferecem maior segurança, mas podem
exigir diversas doses. Uma vacina viva atenuada e segura é ideal para países em
desenvolvimento", afirmou Pei-Yong Shi, autor sênior do estudo.
O próximo
passo é testar o medicamento em macacos, etapa que deve durar até o fim de
abril. Em seguida, talvez ainda em 2017, a vacina será experimentada em
humanos. (ANSA)