Por volta das 10 horas da manhã deste sábado (01) um
homem identificado como José da Silva de 43 anos de idade residente no Conjunto
Habitacional Dona Conceição Lyra no Bairro Várzea Grande em União dos Palmares foi
morto a tiros nas proximidades do viaduto sobre a RFFSA na Praça Basiliano
Sarmento no centro da cidade durante a realização da feira livre dos sábados.
Chamados ao local, a policia e o SAMU tiveram
dificuldades em efetuar seus trabalhos pela presença das bancas da feira e de
curiosos. Mas quando conseguiram o acesso após muitas dificuldades, chegaram
onde se registrou o homicídio e encontraram a vitima já sem vida. Testemunhas
disseram aos militares enquanto isolavam a área que o autor dos disparos (todos
na cabeça) teria sido um homem que desde cedo circulava entre as bancas usando
capacete para dificultar sua identificação.
Chamados pelo CIODS, o IC e o IML realizaram os trabalhos
rotineiros e o corpo foi recolhido para a devida necropsia. A policia investiga
agora o que pode ter ocasionado o assassinato que causou correria e pânico aos
comerciantes ambulantes e a comunidade que adquiria produtos na feira livre.
- A dificuldade sentida pela força publica e o
atendimento medico de urgência é um velho problema que se arrasta ao longo anos
(agora em nível de Tribunal de Justiça) e que envolve os feirantes, as
administrações passadas e agora Justiça. A feira livre antigamente somente
realizada as quartas e sábados agora existe nas segundas, manhãs das terças,
quartas, quintas (em locais próximos ao Mercado Público), sextas e sábados.
Com o advento da crise, muitos cidadãos optaram pela
liberalidade e foram aos poucos invadindo os espaços destinados ao fluxo de veículos
e transeuntes no centro da cidade de forma desordenada. Sob a alegação da ‘crise’
centenas de comerciantes resistem em não aceitar a organização da feira aceita
por mais de 90% da população pelos fatos aqui narrados. Outro fato associado é
que faltava vontade politica aos prefeitos anteriores para faze-lo. Agora,
quando surge a reorganização, os feirantes mesmo após acordo com as autoridades
municipais decidem recorrer a Justiça para continuar como está.
É difícil se imaginar um parente adoecer no meio de uma
feira e morrer por demora do socorro medico ou uma pessoa envolvida em agressão
não ser socorrida pela força publica porque não existe acesso. Outro fator obstruído
pelos feirantes e que é uma preocupação constante das policias civil e militar:
dos 4 bancos que têm agências na cidade todos estão no perímetro da feira, o
que dificulta a segurança dos estabelecimentos de credito em caso de assalto.
<> Tribuna União // Ascom 2º BPM (dados do assassinato) – Fotos Cortesia