Há em Maceió cerca de 70 mil famílias cuja renda mensal é de até R$ 120, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Essa legião de excluídos, que sobrevivem abaixo da linha da pobreza, engrossa os dados das estatísticas maceioenses relativas à mortalidade infantil, ao analfabetismo e de esperança de vida ao nascer – índices que persistem como as marcas do atraso do desenvolvimento humano no Estado.
Ainda não há indicadores sociais que comprovem o impacto negativo da pobreza extrema na desestruturação dos núcleos familiares de Maceió.
Lar provisório se torna permanente
A promotora Alexandra Beurlen requisitou que a Prefeitura de Maceió construa novos abrigos para atender a demanda de outras crianças que se encontram sob risco pessoal ou social. Segundo ela, o ideal seria que as instituições de apoio à criança e adolescente, como o Conselho Tutelar e os próprios abrigos realizassem um trabalho assistencial à famílias resolvendo as questões que expulsaram os jovens de casa.
Assistência é prejudicada por orçamento reduzido
A diretora de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente da Prefeitura de Maceió, Elizabete Patriota, responsável por todos os abrigos do município, diz que a saída não está em construir mais abrigos. O ideal é desenvolver ações que visem a geração de emprego e renda entre as famílias que vivem abaixo da linha da pobreza em Maceió, dar apoio psicossocial aos pais e manter as crianças na escola, inclusive oferecendo alternativas de lazer e cultura, bem como reforço escolar nos horários alternado aos da aula.
Fonte - Jornal Gazeta de Alagoas