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Alagoas
21/05/2015 09:23:52

Operação integrada fecha 25 fábricas clandestinas de fogos em Alagoas


Operação integrada fecha 25 fábricas clandestinas de fogos em Alagoas
Fábrica foi fechada por operação especial

g1-al //

 

Uma operação especial envolvendo policiais militares, civis e rodoviários federais, fechou 25 fábricas clandestinas de fogos de artifício. No total, os policiais percorreram sete municípios de Alagoas. Para evitar acidentes durante o transporte, policiais da divisão anti-bombas do Bope explodiram parte dos fogos.

 

Em Murici, municipio na região da Zona da Mata de Alagoas, foram localizadas duas fábricas clandestinas. Uma delas estava abandonada, porém armazenava milhares de fogos de artifícios, prontos para o uso. Na segunda fábrica, foram encontrados fogos do tipo bomba e traque, além de dez pessoas empregadas na fabricação de forma irregular. O dono do estabelecimento foi localizado e junto com os funcionários prestou depoimentos à polícia.

 

Em Ibateguara, município da mesma região, também foram encontrados trabalhadores irregulares. A fábrica clandestina funcionava em uma área rural conhecida como Sítio Jardim e 11 trabalhadores, entre eles dois adolescentes e uma criança, foram encontrados em formas análoga à escravidão.

As jornadas duravam até 16 horas ao dia e o local não possuia nenhuma infraestrutura, inclusive, não tinha água.

Segundo o depoimento dos funcionários, cada um deles produz, de modo artesanal, em média sete mil “estalos bebê” por dia. Nenhum trabalhador utilizava os equipamentos de proteção individual.

 

No local foram apreendidos diversos produtos químicos utilizados para produzir pólvora e mais de dez quilos de explosivos. O Corpo de Bombeiros interditou a casa e classificou o risco de acidentes como muito alto.

 

O tenente do Corpo de Bombeiros, Douglas Souza, afirma que esse tipo de produção é arriscada. "Até a poeira que acumula é arriscada, se uma pessoa estiver com um calçado e riscar no chão, pode causar fagulhas. O risco no local é máximo", diz o tenente.


Em uma das fábricas foram encontrados uma grande quantidade de livros educativos distribuídos pelo governo federal. A suspeita é que as folhas do material escolar estavam sendo utilizadas na montagem dos explosivos.


O Intituto de criminalistica acompanhou a operação e analisou os materiais encontrados. Segundo o diretor do instituto, José Cavalcante, há grande perigo. "A maior parte do que encontramos é pólvora, que tem grande possibilidade de explosão", afirma o diretor.

A operação denominada Hefesto, teve inicio após o incidente acontecido em março, na cidade de Ibateguara, onde 
uma fábrica de fogos de artifícios clandestina explodiu e vitimou um homem e feriu gravemente um adolescente. Segundo a Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização, cinco pessoas foram presas por crime ambiental e enquadrados no estatuto do desarmamento.

 

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