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jobison barros
Cerca de 1.400 professores
da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) podem entrar em greve, atrasando o
ano letivo de 30 mil estudantes. O movimento é nacional e Alagoas vai marcar
uma assembleia para votar o indicativo de paralisação, previsto para o próximo
dia 28.
Segundo o
diretor da Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes), Thiago Zurck, 57 universidades se reuniram em assembleias, sendo que
23 aprovaram indicativo de greve para o dia 28. Alagoas, porém, não apresentou
informações em Brasília, porque não houve assembleia local por falta de quórum.
Como algumas universidades estão na mesma situação, o Setor das Universidades
Federais decidiu que novas assembleias aconteçam em todos os estados.
“Até as
instituições que já decidiram pela greve, inclusive a data da paralisação,
devem se reunir novamente para formalizar o que foi acordado, acompanhando,
desta forma, as demais que ainda não deliberaram sobre as atividades. Por
enquanto, não temos data e estamos aguardando uma convocação da Adufal
[Associação dos Docentes da Ufal]. Há esse indicativo para deliberarmos a
greve, mas nenhuma formalização”, explicou Thiago.
A pauta
de reivindicações abrange estruturação da carreira (progressões com
retribuições justas, aumento salarial linear de 27% e implantação do data-base)
e melhores condições de trabalho, levando em conta a precariedade nos serviços
e na estrutura física dos campi.
“Lutamos
por uma retribuição justa e igualitária, porque teve um ano em que um professor
recebeu onze reais de aumento e outro que recebeu quatrocentos. Ou seja, que os
percentuais de aumento sejam iguais para todos e que tenhamos o tão esperado
data-base. Acredito que tais ajustes vão dignificar a categoria”, explicou o
sindicalista.
Com a
deliberação do movimento grevista, 1.400 professores vão paralisar as
atividades e cerca de 30 mil alunos ficarão fora da sala de aula.