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O Dia Mundial da
Terra é celebrado em todo o mundo nesta quarta-feira (22), pela 45ª vez. A data
foi batizada nos anos 1970 nos Estados Unidos “para lembrar que cada um deve
agir” para cuidar melhor do planeta, como destacou a ONU. Para marcar a
ocasião, a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) publicou imagens que
ilustram as mudanças climáticas e alterações no meio ambiente provocadas pelo
homem.
As centenas de
fotos, divulgadas no site da agência, exibem o antes e o depois em diversas
regiões. É possível constatar as modificações na paisagem ao longo de alguns
séculos ou de não mais do que alguns dias. Nem todas são resultado das mudanças
climáticas – há, por exemplo, imagens da diminuição da poluição atmosférica nos
Estados Unidos ou dos efeitos da urbanização.
Em Londres, o
grupo de especialistas sobre o clima Liga para a Terra exortou os dirigentes do
mundo inteiro a assumirem compromissos contra o aquecimento global. Em uma
declaração, o grupo ressalta que “2015 é um ano crítico para a humanidade”.
Durante a 21ª
Conferência do Clima (COP 21), que acontecerá em Paris em dezembro, os líderes
mundiais deverão chegar a um compromisso internacional para diminuir o impacto
da degradação do meio ambiente. O objetivo é a assinatura de um acordo para
reduzir as emissões de gases de efeito estufa, para limitar o aquecimento do
planeta em 2°C em relação à era pré-industrial.
“A nossa
civilização jamais conheceu ameaças tão graves do que as ligadas às mudanças
climáticas, à erosão da biodiversidade e ao esgotamento dos recursos naturais”,
afirma o texto, apresentado pelo presidente da Liga, Johan Rockstrom, e Brian
Hoskins, diretor do Instituto Grantham sobre as Mudanças Climáticas, do
Imperial College London.
“Nossos estudos
mostram que podemos chegar a uma melhora significativa da qualidade de vida,
com um custo modesto”, observou o economista americano Jeffrey Sachs, que está
entre os que assinaram a declaração.
Segundo as
projeções dos especialistas, há 10% de chances de que a temperatura mundial
aumente 6°C até 2100, se as emissões de CO2 não diminuírem. A Liga da Terra tem
a ambiciosa missão de promover uma “descarbonização massiva” para chegar a um
nível de “emissão zero em 2050”.