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alana gandra
Pesquisa divulgada
hoje (22) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do
Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) revela que os 11 feriados nacionais em dias
úteis provocarão no setor, em todo o país, prejuízo médio de R$ 92,7 bilhões
este ano. Em relação ao ano passado, a perda é superior em 11,4%.
No caso do Rio
de Janeiro, esta semana com um feriado nacional e outro estadual (21 e 23,
respectivamente), o faturamento não realizado atingirá quase R$ 2,1 bilhões, segundo
o gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.
“São lojas
fechadas e centros comerciais paralisados. Isso não ocorre todos os dias, mas
há um menor movimento, por causa dos feriados, enforcamentos, “pontes”
efetuadas por empresas ou planejamento do consumidor, que muda sua rotina em
uma semana atípica, como a que estamos vivendo agora”, disse o economista.
No estado do Rio
de Janeiro, o prejuízo com os 14 feriados nacionais e estaduais em dias úteis
alcançará R$ 14,6 bilhões, com aumento de 5,1% em comparação ao ano passado.
Por dia fechado, a estimativa de perda do comércio fluminense chega a R$ 1,04
bilhão. De acordo com a Fecomércio-RJ, em 2014 o prejuízo do setor com 12
feriados nacionais e estaduais somou R$ 11,92 bilhões.
Para Travassos,
em cidades com forte apelo turístico, como Armação de Búzios (Região dos
Lagos), Paraty (Costa Verde) e Rio de Janeiro, o feriado é positivo para boa
parte dos hotéis, bares e restaurantes. Segundo o ecomista, essas regiões têm
estabelecimentos mais ligados ao dia a dia da população e também podem ser
afetados pela redução do movimento do comércio.
É o caso de
farmácias e restaurantes que tenham convênios com empresas. “Se a empresa não
funciona em feriados, ela tem um baque grande no faturamento. Para funcionar,
há um custo extra de pagamento aos funcionários. Então, além do movimento mais
fraco, a maioria dos estabelecimentos tem um custo maior na folha por causa do
feriado.”
Christian
Travassos avaliou que a discussão é importante, porque o país vive atualmente
um quadro de economia hesitante, com muitos segmentos com recuo de vendas na
comparação interanual.
“Isso não joga a
favor. É um cenário que precisa ser colocado à mesa, porque ainda teremos, na
agenda fluminense, eventos como Rock in Rio e Olimpíadas.
A rotina de feriados, pontos facultativos e 'pontes' não nos favorece.”
Acrescentou que, no momento em que o consumidor está mais seletivo, é preciso
oxigenar a ponta da prestação de serviço e o comércio de bens.
A base da estimativa
dos economistas da Fecomércio-RJ para os prejuízos do comércio nos feriados é a
arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do
Imposto sobre Serviços (ISS), que incidem sobre a atividade. Eles projetam os
números considerando as alíquotas médias.