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lilian rose christ
Você pode até não perceber em um primeiro momento, mas a neurociência está presente no dia a
dia de cada pessoa, ainda que de maneira imperceptível. Em nossa vida profissional, ela exerce
importante influência. Entenda mais sobre essa relação e veja como ela pode
ajudar você.
O que é neurociência
A neurociência estuda
o funcionamento do sistema nervoso,
com uma abordagem que vai além da parte estrutural. Essa área do conhecimento
pode ajudar empregados e empregadores a entender os fatores que,
cientificamente, levam as pessoas a serem mais colaborativas e motivadas
profissionalmente.
É por meio dela que novos gestores buscam subsídios para gerenciar pessoas e potencializar seus
resultados centrados na premissa que “pessoas
motivadas trabalham melhor e mais felizes”.
A neurociência a favor dos colaboradores
Se você está há muitos anos em uma empresa, pode ser que se sinta
desmotivado e pouco colaborativo.
Segundo o doutor em neurociência e
professor adjunto da Universidade de Miami, Jaderson Costa da Costa, isso é
comum acontecer se a sua função não lhe traz prazer e recompensa.
O especialista compara a motivação à sensação de prazer
e bem-estar que as pessoas têm ao ganhar um jogo ou consumir
drogas. Estar motivado ativa no
cérebro um neurotransmissor dopaminérgico que faz as pessoas serem mais
colaborativas.
Para a neurociência, fatores como recompensa,
altruísmo, doação e colaboração são fundamentais para a motivação no ambiente
empresarial. Na análise do pesquisador, a máxima do “é errando que se aprende”
só pode ser considerada caso a pessoa reflita
e racionalize o erro e, a partir dele, crie um novo modelo para fazer
suas tarefas.
Estar motivado requer a sensação
de ganho constante. Isso porque, segundo Costa, o cérebro não aceita
muito bem as perdas. Para ele, a maior ativação do órgão está relacionada tanto
a um maior ganho e a uma menor perda quanto ao predomínio das escolhas
altruístas sobre os interesses egoístas.
Um recurso para gerir pessoas
A motivação no
campo profissional depende dos exemplos dados pelos líderes. E a
explicação é encontrada na neurociência,
pois o cérebro tem a tendência a
imitar atos. É o mesmo que acontece quando alguém boceja e o outro,
mesmo sem vontade, repete o ato involuntariamente.
Isso ocorre graças ao que Costa chamou de “neurônios espelhos” que
têm a capacidade de, além de interpretar, antecipar o que vai acontecer. E para acionar essa região cerebral
basta uma expressão facial.
São elas, as expressões faciais, associadas a palavras de incentivos,
que podem fazer com que o cérebro produza naturalmente “hormônios da
motivação”, que são a dopamina e a citocina. O efeito provocado pelo prazer
dessas substâncias torna as pessoas
mais felizes e colaborativas.
Se você é um líder altruísta,
simpático e motivado, naturalmente, seus colaboradores serão. Embora, para a neurociência, esses fatores tenha
forte influência das características de cada pessoa. Essas podem variar de
acordo com o grau de identificação com a função, foco, objetivo, vocação e até
fatores genéticos.
Entender como o cérebro funciona e, por meio do mapa mental, encontrar as respostas para os problemas do dia a dia
pode gradualmente melhorar o ato de gestão de pessoas, o relacionamento entre líderes
e colaboradores e, consequentemente, o desempenho das empresas.
Que tal aplicá-la no seu dia a dia profissional?