Governo garante moradias para famílias que ocupam Quilombo dos Palmares

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mariana Peixoto

Representantes da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e da Fundação Cultural Palmares se reuniram na sede da secretaria, para consolidar parceria que garantirá a construção de 16 unidades habitacionais para abrigar as famílias que vivem no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, município de União dos Palmares. A área é tombada pelo patrimônio histórico e, portanto, de preservação permanente.

No início do mês de março, o governador Renan Filho, assinou decreto de desapropriação de uma área de cerca de três hectares nas proximidades da BR-104 para a construção das casas. O projeto será desenvolvido em parceria entre o Governo do Estado e a Fundação e beneficiará as famílias que não têm condições de deixar a área e construir ou adquirir outra residência.

Para Alexandre Reis, diretor da Fundação Cultural Palmares, a parceria é fundamental para a solução do problema.

“Em razão da urgência do deslocamento das famílias que ocupam irregularmente áreas tombadas na Serra da Barriga, é de extrema importância essa parceria com o Governo do Estado, construindo assim uma solução equilibrada, justa e que garanta a melhoria da qualidade de vida dessas famílias. Esperamos que até o mês de junho a situação jurídica esteja completamente resolvida”, disse ele.

Segundo a superintendente de Articulação de Projetos Sociais da Seinfra, Ângela Paim, o projeto enquadra-se na política estadual de habitação de correção de déficit habitacional. “A nossa visão de déficit  vai além do mero quantitativo. Avaliamos sobretudo a questão da qualidade da habitação.

 Hoje, essas famílias residem em casas de taipa, ambiente favorável  à instalação da doença de Chagas e também nas ‘pirambeiras’ das grotas do Parque [Memorial Quilombo dos Palmares]. Muitas delas têm na agricultura familiar a sua subsistência. As condições da área almejada possibilitarão que a renda familiar não seja comprometida. Esses aspectos são importantíssimos e têm que ser considerados nesse processo”, afirmou Ângela Paim.