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Disponível para test-drives e pré-vendas já neste
ano, e programado para ser produzido em série em 2016, o modelo tem como
público-alvo empresas que operam frotas de serviços em centros urbanos, onde o
estacionamento é muito caro.
E a IMA quer também atingir o motorista comum. A
montadora, aliás, já recebeu mais de 1,2 mil encomendas de clientes
particulares.
Outro sinal da popularidade do carrinho: mais de 150
revendedoras de todo o mundo, inclusive do Brasil, entraram com pedido de
autorização para comercializar o modelo. "Juntas, essas lojas acreditam
que podem vender outros 5 mil exemplares", diz Thomas de los Santos,
fundador e presidente da IMA.
O nome Colibri veio do pássaro porque a empresa acredita
que ele reflete bem as melhores qualidades do veículo: é pequeno, ágil e veloz.
"Também queríamos encontrar uma solução barata, confortável e
bonita", explica De los Santos.
E o Colibri parece estar cumprindo bem esses requisitos.
Ele pesa apenas 440 quilos e tem cerca de 2,7 metros de comprimento por 1,2
metro de largura e 1,3 metro de altura.
Com um preço inicial na Alemanha de 10.990 euros
(aproximadamente R$ 34,7 mil), além de uma taxa de aluguel da bateria de cerca
de R$ 125 por mês, seu rival mais óbvio na Europa é o microcarro elétrico
Twizy, da Renault.
Mas por que apenas um lugar? Os engenheiros da IMA
perceberam que para o Colibri fazer sucesso teria que custar muito menos do que
outros modelos urbanos. "Nosso carro custa 30% menos do que os similares
movidos a gasolina ou a diesel", afirma De los Santos. "Tivemos que
decidir entre ter um segundo assento ou atingir nossas metas de preço. Muita
gente acha que precisa de mais lugares no carro quando, na verdade, dirigem
sozinhas a maior parte do tempo".
O carro é feito com painéis de plástico aplicados a uma
estrutura de aço rígido, inclusive uma exótica porta que abre para cima.
Diferentemente do Twizy, a cabine do Colibri é totalmente
fechada e o bagageiro tem capacidade para acomodar uma compra de supermercado
suficiente para uma semana.
O carro conta com um motor elétrico de 50 kw que produz
cerca de 67 cavalos, e um sistema de transmissão de velocidade única. Com
tração traseira, o Colibri acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e tem
velocidade máxima de 120 km/h.
A bateria de lítio-fosfato de ferro pode ser totalmente
carregada em cerca de 2,5 horas a partir de uma tomada caseira. Segundo a IMA,
o carro pode percorrer 109 quilômetros com a bateria totalmente cheia.
Os primeiros test-drives com o Colibri só devem
ser realizados na Alemanha. Mas a IMA pretende expandir o serviço em outros
países até o fim do ano
Mas será que o Colibri e outros modelos semelhantes vão
conseguir mudar a mobilidade urbana na Europa? A tarefa não é nada fácil.
Depois de vender cerca de 9 mil Twizys em 2012, a Renault
viu as vendas do modelo despencarem em 2013 e 2014.
Já a Toyota está estudando esse nicho de mercado com
muita cautela. O aclamado i-Road, que acaba de completar vários testes com
consumidores no Japão, chegou à Europa para ser parte de um projeto de
compartilhamento de veículos em Grenoble, na França.
Mas apesar de fracassos memoráveis, como o Sparrow, da
americana Corbin Motors, e o Sinclair C5 britânico, o mercado para microcarros
de apenas um lugar está dando sinais de vida.
O C-1 da Lit Motors está prestes a ser desovado, enquanto
o Volpe da Zagato está sendo bastante badalado na Itália.
Pensando bem, o principal concorrente desses pequenos
grandes carros parece ser a velha e boa lambreta. Na Alemanha, uma Vespa
Primavera de 50 cilindradas custa pelo menos 3.250 euros (cerca de R$ 10,2
mil). Sem incluir a capa de chuva e a mochila.