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12/02/2015 17:52:00

Conheça o carro alemão perfeito para grandes cidades


Conheça o carro alemão perfeito para grandes cidades
'Colibri' é a nova sensação da indústria automotiva

bbcbrasil //

ken wysocky

O sonho impossível de se achar a vaga perfeita para estacionar no centro de uma grande cidade parece estar cada vez mais perto de se realizar – pelo menos na Alemanha, onde o minúsculo Colibri, um carro elétrico para uma pessoa produzido pela Innovative Mobility Automoblie (IMA), está prestes a entrar em produção.

Disponível para test-drives e pré-vendas já neste ano, e programado para ser produzido em série em 2016, o modelo tem como público-alvo empresas que operam frotas de serviços em centros urbanos, onde o estacionamento é muito caro.

E a IMA quer também atingir o motorista comum. A montadora, aliás, já recebeu mais de 1,2 mil encomendas de clientes particulares.

Outro sinal da popularidade do carrinho: mais de 150 revendedoras de todo o mundo, inclusive do Brasil, entraram com pedido de autorização para comercializar o modelo. "Juntas, essas lojas acreditam que podem vender outros 5 mil exemplares", diz Thomas de los Santos, fundador e presidente da IMA.

O nome Colibri veio do pássaro porque a empresa acredita que ele reflete bem as melhores qualidades do veículo: é pequeno, ágil e veloz. "Também queríamos encontrar uma solução barata, confortável e bonita", explica De los Santos.

E o Colibri parece estar cumprindo bem esses requisitos. Ele pesa apenas 440 quilos e tem cerca de 2,7 metros de comprimento por 1,2 metro de largura e 1,3 metro de altura.

Com um preço inicial na Alemanha de 10.990 euros (aproximadamente R$ 34,7 mil), além de uma taxa de aluguel da bateria de cerca de R$ 125 por mês, seu rival mais óbvio na Europa é o microcarro elétrico Twizy, da Renault.

Mas por que apenas um lugar? Os engenheiros da IMA perceberam que para o Colibri fazer sucesso teria que custar muito menos do que outros modelos urbanos. "Nosso carro custa 30% menos do que os similares movidos a gasolina ou a diesel", afirma De los Santos. "Tivemos que decidir entre ter um segundo assento ou atingir nossas metas de preço. Muita gente acha que precisa de mais lugares no carro quando, na verdade, dirigem sozinhas a maior parte do tempo".

O carro é feito com painéis de plástico aplicados a uma estrutura de aço rígido, inclusive uma exótica porta que abre para cima.

Diferentemente do Twizy, a cabine do Colibri é totalmente fechada e o bagageiro tem capacidade para acomodar uma compra de supermercado suficiente para uma semana.

O carro conta com um motor elétrico de 50 kw que produz cerca de 67 cavalos, e um sistema de transmissão de velocidade única. Com tração traseira, o Colibri acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e tem velocidade máxima de 120 km/h.

A bateria de lítio-fosfato de ferro pode ser totalmente carregada em cerca de 2,5 horas a partir de uma tomada caseira. Segundo a IMA, o carro pode percorrer 109 quilômetros com a bateria totalmente cheia.

Os primeiros test-drives com o Colibri só devem ser realizados na Alemanha. Mas a IMA pretende expandir o serviço em outros países até o fim do ano

Mas será que o Colibri e outros modelos semelhantes vão conseguir mudar a mobilidade urbana na Europa? A tarefa não é nada fácil.

Depois de vender cerca de 9 mil Twizys em 2012, a Renault viu as vendas do modelo despencarem em 2013 e 2014.

Já a Toyota está estudando esse nicho de mercado com muita cautela. O aclamado i-Road, que acaba de completar vários testes com consumidores no Japão, chegou à Europa para ser parte de um projeto de compartilhamento de veículos em Grenoble, na França.

Mas apesar de fracassos memoráveis, como o Sparrow, da americana Corbin Motors, e o Sinclair C5 britânico, o mercado para microcarros de apenas um lugar está dando sinais de vida.

O C-1 da Lit Motors está prestes a ser desovado, enquanto o Volpe da Zagato está sendo bastante badalado na Itália.

Pensando bem, o principal concorrente desses pequenos grandes carros parece ser a velha e boa lambreta. Na Alemanha, uma Vespa Primavera de 50 cilindradas custa pelo menos 3.250 euros (cerca de R$ 10,2 mil). Sem incluir a capa de chuva e a mochila.




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