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A caxumba é uma doença viral aguda, benigna e autolimitada. Uma das
principais características da doença é o aumento das glândulas salivares
próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar. Sua transmissão ocorre pela
tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
Quem adquire a doença, tem como primeiros sintomas: febre, calafrios, dores de
cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Nos casos
graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte.
A parotidite é a manifestação mais comum da caxumba, ocorrendo em 30% a 40% das
pessoas infectadas, e em 60% a 70% daquelas com manifestação clínica. O
envolvimento do sistema nervoso central (SNC) é a manifestação extra-salivar
mais frequente. Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos
testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar
à esterilidade.
Aproximadamente 30% a 40% das infecções são assintomática. O período de
transmissibilidade corresponde ao intervalo de um a dois dias antes de iniciar
o edema das glândulas salivares até nove dias após seu início. Não há relato de
óbitos relacionados à parotidite e, após a infecção, o paciente adquire
imunidade de caráter permanente. Entretanto, sua ocorrência durante o primeiro
trimestre da gestação pode ocasionar aborto espontâneo.
Cuidados
O tratamento não é específico, indicando-se apenas repouso, uso de medicamentos
para aliviar a febre e dor local e observação cuidadosa quanto à possibilidade
de aparecimento de complicações.
No caso de orquite (inflamação nos testículos), o repouso e o uso de
suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor. Nos casos que
cursam com meningite asséptica e encefalites, o tratamento também é
sintomático, conforme orientação médica.
A vacina tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba) está indicada antes da
exposição ao vírus e deve ser administrada aos 12 meses de idade e 2ª dose,
exclusivamente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral, para as
crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral de acordo
com o Calendário Nacional de Vacinação.
A administração da vacina é contraindicada em casos de uso recente de
imunoglobulinas, ou de transfusão sanguínea nos últimos 3 meses,
imunodeficiência (leucemia e linfoma), uso de corticosteróide e gravidez.
Pacientes com infecção sintomática HIV, mas que não estejam severamente
imunocomprometidos, devem ser vacinados após avaliação médica.