cadaminuto //
anna cláudia almeida
A morte de uma criança
de apenas cinco anos de idade, ocorrida neste domingo (17), está sendo
investigada pela Polícia Civil da cidade de Rio Largo. A mãe, que já está
presa, é acusada de espancar o filho e provocar essa tragédia na família. O
Conselho Tutelar do município está acompanhando o caso e afirma que outras
denúncias de maus-tratos e negligência na família já foram denunciados por
vizinhos.
A conselheira tutelar
Maria das Graças Alves contou à reportagem do CadaMinuto que o caso aconteceu
na noite da última sexta-feira (15), na casa da família, localizada no bairro
Mata do Rolo, em Rio Largo. Após ter agredido o filho, Edjane Gomes da Silva,
32 anos, levou a criança até o mini-pronto socorro Assis Chateaubriand,
localizado no Tabuleiro do Martins, em Maceió. Ela estava acompanhada da
madrinha da criança, quando o menor deu entrada, na madrugada do sábado (16),
em coma e com diversos hematomas pelo corpo, principalmente na região da
cabeça.
Ainda no mini
pronto-socorro, os médicos realizaram os primeiros procedimentos antes da
transferência no sábado para o Hospital Geral do Estado (HGE). “Quando chegou a
unidade, o Conselho Tutelar foi avisado – já que se tratava de um a criança – e
dois conselheiros foram ao local, conversaram com a pediatra, que relatou o
estado de saúde do menor, considerado gravíssimo. Ele ficou na UTI, mas
infelizmente hoje acabou falecendo”, contou Maria das Graças. A criança,
segundo o HGE, teve morte cerebral.
Maria das Graças
explicou que, após ser informada pelo hospital do estado de saúde da criança,
ainda no sábado, os conselheiros tutelares acompanharam agentes da Polícia
Civil até a residência da família, onde a mãe foi detida. Levada até a Central
de Flagrantes, no bairro do Farol, em Maceió, Edjane Gomes prestou depoimento,
foi autuada pelo crime de maus-tratos e segue presa, enquanto a Polícia Civil
seguirá investigando o caso.
Em conversas com
vizinhos, os conselheiros foram informados de que a mãe teria espancado a
criança; os traumas na cabeça foram, provavelmente, ocasionados quando a mulher
o jogou contra a parede. As denúncias dos vizinhos sobre os maus-tratos na
residência eram comuns, mas segundo a conselheira, aconteciam dias após a
ocorrência.
“Infelizmente quando
chegávamos ao local, dias após as ocorrências, as crianças não apresentavam
hematomas, nem qualquer vestígio de espancamento. Nós sempre conversávamos com
a mãe e o namorado dela, orientando-os, mas infelizmente aconteceu essa
tragédia”, contou a conselheira. Edjane é mãe de outras quatro crianças que já
foram encaminhadas para as residências de parentes.
Nesta segunda-feira
(18), as investigações sobre o caso vão prosseguir com o acompanhamento do
Ministério Público e Conselho Tutelar. O corpo da criança será liberado ainda
neste domingo, mas o laudo sobre as causas da morte deve sair apenas em 40
dias, como o Conselho Tutelar foi informado.