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Um dos temas mais debatidos nesta campanha eleitoral, o número de
ministros no governo federal mais que triplicou desde 1990.
Eram 12 no início do governo Collor, o primeiro eleito após o fim da
ditadura militar. Sem apoio parlamentar, o presidente acabou sofrendo processo
de impeachment após acusações de corrupção.
De lá para cá, ministérios e cargos cujos titulares são chamados de ministros
foram multiplicados para facilitar a atração de aliados ao Planalto.
Veja no grafico a evolução do número de ministros por governo, até os
atuais 39.
O número é excessivo para os padrões internacionais. Um estudo publicado
em 2008, que tem sido citado pelo tucano Aécio Neves, aponta que poucos países
desenvolvidos contam com mais de 20 ministros.
Uma eventual redução do número de ministros ou de ministérios não
produziria uma queda significativa de despesas do governo, porque os servidores
públicos têm estabilidade e seriam simplesmente realocados.
A diferença se daria na gestão. Na teoria, pelo menos, decisões seriam
tomadas e executadas mais facilmente.
O que não se sabe na prática é como manter uma base de apoio político
sem contemplar com cargos as dezenas de partidos representados no Congresso.