r7 //
Os
pesquisadores, que estudam a rocha, dizem que ela gira tão rápido que deveria
ter se quebrado, mas por uma estranha razão permanece intacta em sua trajetória
em direção ao planeta Terra.
Astrônomos
acreditam que ela permaneça sólida por forças de coesão, conhecidas como Van
der Waals. Embora isso seja um grande avanço na pesquisa sobre os asteroides,
os cientistas admitiram que não sabem ainda como pará-lo ou desviá-lo.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade do Tennessee.
Pesquisas anteriores mostraram que asteroides são, na verdade, diversas
“pilhas” de material rochoso soltos, porém unidos fortemente pela gravidade e
pelo atrito. No entanto, a pesquisa da universidade mostrou que o asteroide
denominado 1950 DA gira tão rápido que desafia essas forças.
Com 1.000 metros
de diâmetro, ele gira rápido demais para seu tamanho. Esse ritmo deveria fazer
a rocha se despedaçar, mas ela não demonstra nenhum sinal que isso irá ocorrer.
Com base nos
dados que os cientistas conseguiram coletar, até o momento, a chance de impacto
com a Terra é de 1 em 300, algo assustadoramente considerável, tornando-se uma
chance real de colisão.
“Nós descobrimos que 1950 DA está girando
mais rápido do que o limite de ruptura para sua densidade. Então, se apenas a
gravidade estivesse segurando este monte de pedras em conjunto, como geralmente
se supõe, elas voariam uma das outras. Portanto, forças de coesão devem estar
segurando-as”, disse Joshua Emery, professor assistente no Departamento
de Ciências da Terra e Planetária da universidade.
Na verdade, sua rotação é tão rápida que em seu equador ele tem a
chamada ‘gravidade negativa’. Se um astronauta tentasse ficar em sua
superfície, seria sumariamente arremessado para o espaço.
Além disso,
o chamado efeito Yarkovsky – uma pequena força, porém importante, que age sobre
os asteroides – poderia nos salvar. Essa força é um tipo de “empurrão” térmico.
Ao receber energia solar, o asteroide acaba liberando um pouco dessa energia
para o espaço, o que pode mudar ligeiramente seu percurso que, ao longo de
centenas de anos, fará um desvio considerável de sua rota.