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Ao lado da depressão, a ansiedade é a doença do século XXI. Por todo o mundo, pacientes reclamam de sintomas ligados à ansiedade e procuram cada dia mais tratamentos para esta condição que está associada ao estresse e ao ritmo de vida acelerado em que nós vivemos. Mas você sabe do que se trata?
Existem dois tipos de ansiedade. A ansiedade considerada normal e a patológica (considerada doença). A ansiedade normal só aparecer quando existe uma razão para ficar ansioso, e por isso é passageira, ou seja, desaparece logo que o motivou que a gerou desaparece.
A ansiedade patológica, ocorre quando a pessoa não sabe determinar o que o levou a esse estado, ou então esse nível de tensão é desproporcional ou exagerado em relação a causa e pode perdurar por meses ou anos, mesmo quando o que a motivou já tenha passado. Nesse caso se configura um estado crônico.
A ansiedade é caracterizada pela sensação difusa de apreensão, preocupação, medo e insegurança e geralmente é acompanhada de sensações físicas como as descritas abaixo.
Só quem teve ou tem crises de ansiedade sabe realmente o que é. Durante uma crise de ansiedade a pessoa pode sentir: boca seca, tontura, coração acelerado, sensação do peito se fechando, sensação de falta de ar, tremores pelo corpo, sudorese, braços e mãos formigando ou com sensação de dormência, náusea, ânsia de vômito, visão embaçada, sensação de desmaio e sensação iminente de morte.
Por pensar que vai morrer, a pessoa entra em pânico e vai imediatamente para a emergência. Chegando lá, e após o relato dos sintomas, é medicada com ansiolíticos injetáveis; geralmente, com diazepam e depois é liberada.
Essa primeira ida a emergência é onde se abre o caminho para uma aprendizagem (costume) e também para constrangimentos. Só basta começar a sentir o mínimo desconforto que a pessoa corre para lá, e de tanto ir, passa a conhecer todos os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e também se torna muito conhecida. Se torna tão conhecida, que assim que adentra na emergência, um funcionário olha para o outro e diz: lá vem fulano! Ou outro responde: de novo? Já outro coloca a mesma em uma maca e pede para ficar esperando atendimento. O interessante disso tudo é que depois que 40 minutos esperando na maca, a crise passa e a pessoa aborrecida não quer ser mais atendida. Então eu pergunto: por que a crise passou?
A crise passou, porque uma crise de ansiedade dura de 10 a 40 minutos e depois desse tempo, a pessoa volta ao estado normal.
Quando uma crise acontecer a primeira coisa que se deve ter em mente é que não vai morrer. A segunda coisa é resistir o máximo que puder; mesmo sentindo desconforto, resista... resista... resista, se possível até a crise passar.
Lembre-se: fazendo esse procedimento de resistência, a crise vai ficando cada vez mais fraca e menos intensa, até ser totalmente controlado e sem ser necessário você fazer esforço para isso.
Dr. Jacinto Martins de Almeida
Psicólogo/Psicanalista/Hipnólogo/Acupunturista/Radiestesista
ESPECILISTA NO TRATAMENTO DE MEDOS, DORES, TRAUMAS E ANSIEDADE