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Maceió
25/11/2013 16:52:32

Casa de Custódia de Maceió possui 250 presos acima da capacidade


Casa de Custódia de Maceió possui 250 presos acima da capacidade
Casa de Detenção em Maceió

g1 //

natália souza

 

A Casa de Custódia da Capital (Cadeião) está com 250 presos acima da capacidade, segundo relatório da inspeção, realizada na última quinta-feira (21), pelo conselheiro integrante da Comissão de Fiscalização do Sistema Penitenciário do Conselho Estadual de Segurança (Conseg), advogado Antônio Carlos Gouveia.

"Hoje há 506 presos divididos em três módulos. São 246 no módulo 1, 234 no módulo 2 e 19 no módulo 3. Por causa dessa superlotação nas cadeias, não há condição de ressocialização em Alagoas. Um traficante de alta periculosidade fica na mesma cela que uma pessoa que furtou algo, ou seja, a pessoa sai de lá pior do que entrou", afirmou.

O relatório com fotos foi apresentado aos demais conselheiros na sessão do colegiado na manhã desta segunda-feira (25), quando também foi proposto por Gouveia, reformas estruturais em setores do Cadeião, que é a porta de entrada de distribuição dos detentos no Sistema Penitenciário do estado.

"O alojamento feminino está arrumado, pintado de rosa inclusive, mas o masculino precisa de reparos, assim como a cozinha, que apresenta problema na coifa. Além disso, sugiro a mudança no modus operanti da triagem, pois o preso tem que ficar no máximo quatro horas para ser triado e não durante dias como costuma acontecer", frisou.

 

Melhorias
Apesar das falhas, Gouveia afirmou que houve melhorias desde a última visita realizada pela comissão do Conseg. "Na última vez foram retiradas toneladas de lixo, a estrutura estava bem pior. Podemos ver melhoria na alimentação, nos alojamentos, nos prontuários dos presos, que podem ser localizados de forma instantânea através de um sistema tecnológico e na estrutura em geral", destacou.

Segundo Gouveia, as inspeções são fundamentais para alertar os gestores públicos. "É preciso apontar essas falhas, pois as pessoas que estão lá são gente como a gente, e também os gestores públicos precisam ser responsabilizados".

A solução para evitar a superlotação, segundo avaliação do conselheiro, seria a construção de mais presídios ou a ampliação da Casa de Custódia. "O presídio do Agreste foi construído, mas eu não concordo com os critérios de distribuição dos presos adotados pela administração. Eles querem desafogar as delegacias e já colocam vários lá, que é um presídio de segurança máxima. Gasta-se uma fortuna com preso que vai sair depois de dois ou três dias", destacou.

O Conseg aprovou o relatório do conselheiro e vai encaminhar as sugestões de reformas e administrativas à Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap).


 



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