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annacláudia almeida
Uma tática que vem sendo adotada por quadrilhas começa a colocar, ainda mais, em xeque a força e eficácia da segurança pública em Alagoas. Tendo como alvo as agências bancárias no interior, grupos fortemente armados se deleitam com a insuficiência no efetivo, encurralam policiais nos Grupamentos de Policiamento Militar (GPM’s), furam pneus de viaturas ou mesmo passam trotes sobre prováveis locais dos crimes.
A situação é praticamente a mesma. A quadrilha invade a cidade durante a madrugada, enquanto a população adormece. A primeira parada são os GPM’s, onde os bandidos fazem o cerco, enquanto outra parte do grupo segue em direção a instituição financeira. Com uso de artefatos, a quadrilha concretiza a ação, rouba o dinheiro e foge, sem deixar pistas. O que resta nas cidades é o medo para a população e a certeza de que há sérios problemas na segurança.
A discussão é antiga e defendida por diversas associações militares em Alagoas. Os dados apresentados pela categoria apontam que a falta de investimentos em pessoal está intimamente ligado ao avanço da violência. Há 20 anos, por exemplo, o estado tinha cerca de 10 mil policiais militares; atualmente, a tropa não chega aos 7 mil.
Wellington Fragoso
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso, desde que foi implantado, o Plano Brasil Mais Seguro - parceria entre governos federal e estadual - apenas proporcionou investimentos em equipamentos, viaturas e outros elementos para a utilização no trabalho da tropa. No entanto, o ponto chave nunca foi levado em consideração.
"Não há esse foco na tropa, em planejar e investir no que realmente merece, que são os militares que estão na luta diária. Essa constante onda de assaltos que vem aterrorizando as cidades, principalmente no Sertão do Estado, é a maior prova de toda essa discussão que nossa categoria sempre põe em pauta", colocou à reportagem do CadaMinuto Press.
