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Um desvio de água da Adutora do Sertão, localizada no Sertão de Pernambuco, estava irrigando uma plantação de 15 mil pés de maconha. A irrigação irregular estava afetando o abastecimento de água nas cidades de Cabrobó, Serrita, Salgueiro, Terra Nova e Verdejante.
A água desviada vem do Rio São Francisco pela adutora do Sertão, que tem 220 km de extensão.
Segundo a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), pelo menos 120 mil pessoas estavam sendo afetadas com a falta de água devido ao furto de água. A empresa afirma que traficantes construíram um reservatório de água que recebia a água furtada da adutora do Sertão por meio de canos. A irrigação dos pés de maconha era feita com baldes.
Ao notarem a presença da polícia, três pessoas que foram vistas pelo helicóptero da SDS (Secretaria de Defesa Social) de Pernambuco conseguiram fugir pelo mato. Ninguém foi preso. Os pés de maconha foram arrancados e incinerados.
Uma operação da PM (Polícia Militar) em conjunto com a Compesa descobriu ainda mais outros 27 pontos de desvios de água para irrigar plantações de milho, feijão, maracujá e cebola. Segundo a Compesa, as ligações clandestinas estão sendo destruídas pela polícia.
De acordo com o gerente do escritório da Compesa no Sertão Central, Januário Carvallho, a empresa observou uma queda de vazão nas ETAs (Estações de Tratamento de Água) da adutora e pediu ajuda a polícia para identificar os pontos verdes no Sertão que está prejudicado com a seca.
Carvalho explica que os desvios de água da adutora do Sertão são feitos por meio de tubulações que são colocadas por baixo da terra, onde encontram com os furos feitos na tubulação da Compesa. "Quem constrói essas tubulações para desvio de água usa uma escavadeira para cavar os buracos, perfuram a adutora e colocam canos ou mangueiras para desviar a água", disse.
A ação continua até o próximo dia 14 e envolve um helicóptero da SDS e outros equipamentos de mapeamento de área, como GPS.
