gazetaweb //
A Secretaria de Estado da Educação negou, na tarde desta quinta-feira (24), que a Escola Municipal Denilma Vilar Bulhões Barros, construída pelo Programa da Reconstrução em Santana do Mundaú após as enchentes de 2010, corra risco de desabamento. Conforme a assessoria de comunicação da pasta, a unidade - que custou quase R$ 1 milhão e foi feita com blocos - foi desativada e desmontada, e uma nova área será escolhida para abrigar o prédio.
A Gazetaweb mostrou, na manhã de hoje, que a primeira estrutura construída pelo governo do Estado ficou comprometida devido a erosão do terreno escolhido para abrigar a unidade. Imagens mostraram que uma cratera ameaçava "engolir" o prédio.
A Secretaria de Estado da Educação diz, por meio da assessoria de comunicação, que o material utilizado para a construção da unidade será reaproveitado no novo prédio. Enquanto a obra não sai do papel, alunos estudam de forma improvisada em outro prédio providenciado pelo município.
O PROBLEMA
A população relata que a erosão neste local começou no final do ano passado, em um grande temporal que atingiu aquele município. Um pequeno buraco no terreno literalmente comprometeu toda a parte física da escola, impossibilitando se chegar ao pátio da escola.
A escola nem chegou a ser inaugurada, assim como o conjunto da Reconstrução, que fica na mesma área. A enxurrada de 2010 arrasou a antiga unidade. A nova foi construída para abrigar seis salas de aula e a capacidade seria para 310 alunos. Desde que a enchente aconteceu, os professores estão ensinando os estudantes em um local improvisado e que já foi comprometido também, segundo informou o secretário de Educação de Santana do Mundaú, Adriano Félix.
Ele conta que as paredes da escola improvisada são de madeira e estão caindo também. “Tivemos que fazer um trabalho de alvenaria recentemente para manter a escola funcionando. O local é totalmente inadequado e já fizemos várias cobranças à Secretaria de Educação do Estado com a intenção de resolver a dificuldade. Até um novo terreno indicamos para a construção da escola. Estamos esperando um posicionamento do Estado neste sentido”, afirmou o secretário.
Segundo Adriano Félix, nesta quinta-feira, à tarde, haverá uma reunião com o Ministério Público Federal para tentar negociar uma saída para os problemas envolvendo a educação em Santana do Mundaú. O secretário diz que a escola Denilma Bulhões só não desabou porque foi construída com placas de concreto. Caso fosse alvenaria ou outro tipo de material, já teria ido ao chão, na opinião dele.