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thiago gomes e regina carvalho
Terminou a greve dos bancos em Alagoas. A decisão pelo fim da paralisação, que já durava 23 dias, foi tomada pela categoria, em assembleia, ocorrida no começo da noite desta sexta-feira (11), no auditório do Sindicato dos Bancários, no centro de Maceió. Portanto, a partir da próxima segunda-feira, as agências do Estado voltam a abrir. Apenas o Banco do Nordeste permanece fechado por tempo indeterminado.
Nessa volta ao trabalho, os bancários compensarão o tempo que ficaram parados cumprindo uma hora a mais de trabalho até o dia 15 de dezembro.
A mobilização aqui fechou mais de 150 agências. Em Maceió, por exemplo, aparentemente nenhum banco tinha expediente para a população. No início da greve, algumas ficaram abertas por alguns dias por força de interditos proibitórios, mas o sindicato pressionou e os funcionários deixaram de trabalhar.
Desde cedo, o fim da paralisação estava se desenhando em todo o Brasil. O comando nacional dos bancários aceitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e recomendou para que as categorias levassem o acordo que fora feito para apreciação nas assembleias.
Foram apresentadas, ainda, medidas específicas para os trabalhadores dos bancos do Brasil, Nordeste e Caixa Econômica. Sobre a proposta oferecida pela Fenaban, a entidade em Alagoas diz considerá-la 'um avanço'. “O pessoal não tem reclamado. A avaliação da diretoria do sindicato foi positiva. Houve avanço”, afirmou.
A nova proposta elevou para 8% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários, e as verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%), além de 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
Na terceira semana de paralisação, mais de 12 mil agências bancárias foram fechadas em todo o país. Em Alagoas, as atividades em 156 das 201 agências seguem suspensas. Os bancários reivindicavam um reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação) e revisão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral.
