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Os EUA abandonaram no Panamá um depósito com toneladas de armas químicas que sobraram de confronto militares durante o século 20. O arsenal - com substâncias como gás mostarda, gases asfixiantes e fósforo - foi deixado por tropas norte-americanas no distrito de San José após utilização durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a Guerra do Vietnã (1964-1975). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4) pelo jornal El Pais.
Mesmo com o
material há décadas estocado em um depósito, as autoridades locais afirmam que
ainda há um grande perigo de derramamento químico, que poderia causar graves
prejuízos ao meio-ambiente.
Após insistência do governo do Panamá,
Washington fez um acordo para limpar o local até 2014. Em carta entregue ao
El Pais, o chanceler panamenho, Fernando Núñes, afirma que, além dos EUA,
Reino Unio e Canadá também utilizaram o território da país como depósito de
arsenal químico durante os períodos de guerra e "nunca retornaram" para se
desfazer do material.
A informação sobre o depósito de armas químicas no
Panamá surge no momento que a Organização das Nações Unidas (ONU) trabalha na
Síria para destruir o arsenal do país. Em nota oficial, a entidade afirmou nesta
quinta-feira (3) que uma equipe de peritos alcançou "progresso inicial
encorajador" em seu trabalho com a finalidade de eliminar o arsenal sírio de gás
venenoso.
"Os documentos entregues ontem pelo governo sírio parecem
promissores, segundo os membros da equipe, mas novas análises, em especial de
diagramas técnicos, serão necessárias e algumas outras questões ainda precisam
ser respondidas", diz um comunicado da ONU.
A equipe internacional
consiste de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas
(Opaq), de Haia, e pessoal da ONU que dá assistência a seu trabalho. Na semana
passada, o Conselho de Segurança da ONU exigiu por unanimidade a eliminação do
arsenal de armas químicas da Síria.