dr.jacintomartins //
Coisas inesperadas e
desagradáveis nos acontecem, e no momento em que essas coisas desagradáveis
acontecem, chegamos até a pensar que somos pessoas azaradas e que Deus se esqueceu de nos dar
sua proteção.
Na realidade, acaso, sorte
ou azar, não existem no plano físico; só existem no plano mental através dos
nossos pensamentos. Estes termos (sorte, acaso, azar) são usados por nós em
determinados momentos como mecanismo de defesa do EGO chamado de racionalização,
para justificar algo que não tem justificativa plausível. Portanto, as coisas
que nos acontecem não é obra do acaso, sorte ou azar; simplesmente aconteceram
porque tinham que acontecer ou contribuímos para que acontecesse.
Para as pessoas que se acham
“azaradas” ou que acham que foram vítimas de “azar”; eu diria que o “azar” é
muito relativo, ou seja, uma mesma coisa que foi motivo de “azar” num
determinado momento, num determinado contexto, pode se ser motivo de “sorte” em
um outro momento, em um outro contexto. Isso quer dizer que, o “azar” pode vir
a ser motivo de “sorte”.
Existe uma antiga metáfora,
muito conhecida e utilizada pelas pessoas em momentos de frustração, impotência
ou conformismo, que diz: NÃO EXISTE MAL, QUE NÃO TRAGA UM BEM. Parece até ilógico,
irracional, afirmar que UM MAL, PODE TRAZER UM BEM. Porem neste caso, não
estamos lidando com a lógica, estamos lidando com o tempo, com situações, com
contextos. Portanto, dependendo do contexto, O MAL PODE SE TRANFORMAR NO BEM, O
“AZAR” EM “SORTE”, E O NEGATIVO EM POSTIVO.
Para entender como isso pode
ser possível acontecer e levar uma reflexão futura, leia o texto abaixo:
Certa estória chinesa muito
antiga do taoísmo fala de um camponês que habitava numa aldeia muito pobre do
interior. Era considerado bem de vida porque possuía um cavalo que usava para
arar a terra e como meio de transporte. Um dia seu cavalo fugiu. Todos os
vizinhos exclamaram que isso era um AZAR terrível; o camponês disse
simplesmente: “Talvez”.
Alguns dias depois, o cavalo
voltou e com ele trouxe mais dois cavalos selvagens. Todos os vizinhos
alegraram-se com sua boa SORTE, mas o camponês disse simplesmente: “Talvez”.
No dia seguinte, o filho do
camponês tentou montar num dos cavalos selvagens; este o lançou por terra e o
rapaz quebrou a perna. Os vizinhos todos se condoeram com o seu AZAR, mas
novamente o camponês disse: “Talvez”.
Na semana seguinte, os
oficiais da convocação militar vieram até a aldeia para recrutar jovens para o
exercito. Rejeitaram o filho do camponês porque estava com a perna quebrada.
Quando os vizinhos comentaram como tinha SORTE, o camponês respondeu: “Talvez”.
Portanto, é bom lembrar: EM
TODO NEGATIVO, EXISTE ALGO POSITIVO; MAS SÓ VAMOS NOS DAR CONTA DESTE POSITIVO
ALGUM TEMPO DEPOIS.
Dr. Jacinto Martins de Almeida
Psicólogo/Psicanalista/Hipnólogo/Acupunturista
Especialista no Tratamento ede Dores Medos e Traumas