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carolina sanches
O júri popular do capitão da Polícia Militar de Alagoas, Eduardo Alex da Silva Lima, acusado de matar o estudante Johnny Wilter Pino, 21, que estava marcado para a manhã desta sexta-feira (27), no Fórum do Barro Duro, em Maceió, foi adiado. O militar havia sido condenado em julho de 2011 a dois anos de reclusão e a pena foi revertida em serviços comunitários, mas o julgamento foi anulado e haverá um novo júri.
De acordo com o juiz Maurício Brêda, o julgamento foi adiado porque os advogados de defesa e acusação estão participando do mutirão do Tribunal do Júri, que acontece na Faculdade Integrada Tiradentes (Fits) nesta sexta (28). “Preferi adiar para não atrapalhar outros três julgamentos, mas ele deve ser remarcado para um prazo máximo de 15 dias”, explicou o magistrado.
O estudante de geografia foi morto no dia 25 de maio de 2008. Segundo o inquérito, o rapaz estava na garupa de uma motocicleta Honda Biz, conduzida pelo amigo Marcos Brandão, nas imediações do Bairro Cidade Universitária, próximo a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), quando foi morto com um tiro de metralhadora 9mm.
O capitão da PM, em seu depoimento, alegou que os jovens teriam furado um bloqueio policial e atirado contra a guarnição. Na reação dos militares, Johnny Wilter foi atingido. Entretanto, a perícia no local do crime e exames realizados comprovaram que a vítima e Brandão não tiveram contato com arma de fogo.
Lima foi à juri popular em junho de 2011, mas a família do estudante recorreu a decisão. No começo deste ano, o Tribunal de Justiça (TJ) aceitou a argumentação do Ministério Público Estadual (MPE) e anulou a decisão do Conselho de Sentença. “A sentença que foi dada ao policial não foi justa. Espero que nesse novo julgamento ele seja condenado”, disse a mãe da vítima, Maria Cícera da Silva Pino.