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O Conselho de Segurança do Estado de Alagoas (Conseg) discutiu a portas fechadas, nesta segunda-feira (23), a situação da delegacia de Marechal Deodoro, cidade da região metropolitana de Maceió. Um procedimento administrativo será aberto para investigar o antigo delegado Alcides Andrade por diversas irregularidades encontradas na distrital, inclusive furto de energia elétrica, o conhecido "gato", além dos quase 500 inquéritos parados, constatados pelo Conseg há dez dias durante uma inspeção.
A corregedoria da Polícia Civil e a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) vão apurar qual a responsabilidade do delegado na situação do distrito policial. Um mutirão será montado para agilizar os 498 inquéritos parados, segundo afirmou o conselheiro Antonio Carlos Gouveia.
O delegado Jobson Cabral, que há 15 dias é titular da unidade, foi quem denunciou a situação de desorganização e falta de estrutura. Na manhã desta segunda-feira (9), o Jobson Cabral relatou em entrevista a uma rádio local a falta de estrutura da delegacia de Marechal Deodoro.
Cabral informou que o registro de ocorrências estava parado há mais de dois meses e o quadro da delegacia contava apenas com oito policiais. “Tínhamos uma impressora quebrada e o trabalho cartorário estava parado. Os inquéritos não estavam tendo encaminhamento por falta de efetivo”, declarou.
No último dia 13 de setembro, o próprio conselheiro Antonio Carlos Gouveia esteve na delegacia para verificar as condições de funcionamento e acompanhar o andamento dos inquéritos, além de checar a frequência dos policiais lotados na unidade.
