Prefeito anuncia demissão da metade dos servidores da saúde

Um dia de muita tristeza para boa parte dos servidores contratados do município, especificamente da saúde, uma notícia dada pelo prefeito, secretário de finança e de saúde, deixou os funcionários de alguns setores abalados, afinal, eles vão ver o seus salários desaparecerem e daí, a luta por outro emprego, o que não é fácil numa cidade, onde a falta de oportunidade é enorme.

Uma reunião que ocorreu já na noite desta sexta-feira (20) no espaço da secretaria de educação em Joaquim Gomes, transformou o sonho do emprego em uma dura realidade de desemprego. O prefeito anunciou possíveis cortes do quadro dos servidores da saúde, o motivo foi justificado pelo governo, como medida provisória para controlar os gastos na saúde, que hoje segundo informou, se torna inviável de se manter, uma vez que o gasto com pessoal, já ultrapassa os 100% .

Segundo Toinho Batista, desde o ano passado que a folha de pagamento vem inchada, e isso acarreta na má qualidade do serviço público, já que impede maiores investimentos nos setores como medicamentos, estruturação dos postos de saúde, além da falta de pontualidade no pagamento do servidor. Pensando em encontrar uma solução para acabar com a crise na saúde, o governo tomou medidas trágicas e que gera desconforto, mas segundo o prefeito, é a maneira de colocar o município em ordem e coibir uma possível falência no setor.

Durante a conversa com boa parte dos servidores, o prefeito falou do risco que está tendo, já que, ao ultrapassar o valor a ser gasto com a saúde, ele estaria desrespeitando a Lei de responsabilidade fiscal, o que logo lhe acarretaria maiores sanções, e assim viu como única alternativa, agir dessa forma. Embora tenha que lamentar muito "e faço isso com o coração partido", anuncia Batista.

Ele esclareceu que tudo isso acabou gerando o caos, e que a população não pode sofrer com uma saúde deficiente em Joaquim Gomes, e a demissão provisória, será para que as coisas possam se encaixar e na medida do necessário irá começar a contratar novos servidores, para o preenchimento de alguns setores, que poderão sofrer, com ausência de profissionais.

O executivo, reconheceu que o município estar parado e visa a saúde como o mais afetado, voltou a dizer o quanto lhe era doloroso, mas com uma saúde sendo maior gerador de despesa, fica impossível não tomar determinadas atitudes. Contou o prefeito. Ele acrescentou que o município está acumulando dívida e até que as mesmas não sejam quitadas vai manter a demissão, mas promete logo que se estabilizar a situação voltará aos contratos.

Na reunião, quem também esteve presente foi a secretária de saúde, Jane Eyre, na pasta desde 1º de maio, a secretária, percebeu a mesma dificuldade e espera contar com a colaboração dos servidores, e entende que o prefeito não tinha outra saída, e reconheceu o quanto isso poderá trazer problemas inicialmente, mas garante que, os setores que ficarem ausente de funcionário, logo terão seus espaços de extrema necessidade preenchidos e que tudo isso será para que a população tenha uma saúde melhor e em pleno funcionamento. Ela garantiu ainda que, os serviços básicos não serão interrompidos e que as demissões serão maiores nos setores de serviços gerais, maqueiros, vigilantes entre outros, como agentes de endemias.

Quanto ao hospital, o governo garantiu que ficará em pleno funcionamento, e médicos e enfermeiros serão mantidos em seus plantões. O secretário de finanças, José Edilson também esteve presente, ele reforçou o que disse o prefeito e a secretária de saúde, e fortaleceu o interesse do prefeito em melhorar a situação do município, "porém, organizar uma cidade com certas deficiências em sua economia é algo muito difícil e que as vezes deixa alguém insatisfeito, porém, nosso objetivo é distribuir os recursos do município em melhores condições de vida da população e essa atitude tomada pelo gestor tem esse conceito como prioridade". Disse o secretário.

No final, o clima pareceu tenso, claro, muitos vão ficar sem emprego, e assim como foi em janeiro quando anunciou a demissão em massa, novamente muitas famílias do município, voltarão a viver momentos de desespero, já que vão se ver, com dificuldade de colocar o pão na mesa dos filhos. O prefeito tranquilizou e disse que esse é um momento difícil para ele quanto gestor, mas não viu outra alternativa, pois caso contrário a penalidade sobrecarregaria em seus ombros, no futuro próximo.