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Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Educação Física (CREF) revelou que quase metade das academias de Maceió estão irregulares. Após notificarem várias vezes, fiscais da Vigilância Sanitária e representantes do conselho resolveram acionar o Ministério Público Estadual.
“O fiscal do conselho encontrou várias academias, assim como profissionais, em situação irregular. Fizemos um trabalho de orientação, procuramos a Vigilância Sanitária e ano passado mandamos, se eu não me engano, 40 ofícios solicitando a interdição das academias e a regularização dos profissionais. Nos estabelecimentos onde não tem fiscalização da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] é onde ocorre o maior número de utilização de esteroides anabolizantes. Não há condições para a prática de atividades físicas, o maquinário é insuficiente e a falta de higiene, grande. Se você trabalha com saúde, você tem que dar qualidade”, expõe o presidente do CREF, Stanley Magalhães.
Segundo o agente de fiscalização do conselho, Antônio Neto, durante as inspeções foram encontradas situações em total desacordo com as condições mínimas exigidas para o funcionamento, entre elas, falta de estrutura e de profissionais com diploma. Algumas irregularidades foram registradas em fotos. Das 300 academias do estado, apenas 160 funcionam dentro do que o conselho e a vigilância sanitária exigem.
“Quando não encontramos profissionais para orientar as atividades, o procedimento é solicitar a suspensão das atividades até que se tenha o quadro profissional adequado, que é o básico. Após serem feitas as fiscalizações, nós entramos em contato com os órgãos pertinentes e encaminhamos ofício informando que eles estão cometendo um crime hediondo, que é funcionar sem alvará sanitário”, explica Neto.
O MP recebeu a lista de academias irregulares e informou que abrirá um processo de investigação. “Vamos notificar a Vigilância Sanitária para fazer uma permanente fiscalização e averiguar a veracidade disso. Eles [os donos das academias] terão que justificar o que tem no processo, como aparelhagem enferrujada e sanitários inadequados", garante o promotor Mário Augusto Soares Martins.
Por meio da sua assessoria, a Vigilância revelou que realiza fiscalizações diárias nas academias, mas nenhuma foi autuada até o momento.