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Em busca de sensações como leveza e relaxamento, jovens em Maceió têm falsificado receitas médicas para comprar remédios de tarja preta e utilizá-los em baladas na noite da capital alagoana. O consumo de substâncias que só podem ser vendidas sob prescrição médica tem crescido por aqui. No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) tem intensificado as fiscalizações em farmácias para tentar coibir a prática.
Segundo dados da Vigilância Sanitária apontam o rivotril como o preferido da ‘galera’ jovem, segundo matéria no Jornal Pajuçara Noite desta terça-feira (13).
“Esse é um dos comprimidos mais utilizados atualmente pelos jovens nas baladas aqui em Maceió. O problema é que o efeito inicial pode ser uma sensação de prazer, de relaxamento, mas dependendo das misturas que se possa fazer e as dosagens ingeridas, o consumo desse tipo de remédio pode até levar à morte. As sensações vão da euforia à depressão”, destacou o diretor da Vigilância Sanitária em Alagoas, Paulo Bezerra.
As falsificações de receitas médicas e o uso de remédios para tratamento psicológico e psiquiátrico vieram à tona depois de apreensões feitas pela polícia e a própria Vigilância Sanitária.
Ex-viciado – Viciado no mesmo tipo de substância que ‘faz a cabeça’ dos jovens nas baladas de Maceió, Weber Leite contou ao Jornal Pajuçara Noite que já falsificou receitas para consumir rivotril e que viu amigos que tinham pais médicos se utilizar do mesmo expediente para comprar os remédios.
“Tudo isso porque a sensação do remédio é de paz, de relaxamento, de serenidade.
Falsifiquei e vi muito amigo fazendo o mesmo com receitas médicas, falsificando nome dos médicos para comprar a substância proibida”, revelou Weber Leite, que hoje se dedica a ajudar pessoas com dependência química a se livrar do vício.