G1-Al //
O Conselheiro Tutelar da 7ª região, Mano Monteiro, localizado no bairro do
Tabuleiro do Martins, denunciou, nesta terça-feira (16), o caso de uma criança
de dois anos que foi hospitalizada com duas agulhas introduzidas no corpo. A
mãe, que sofre de diabetes e hipertensão e está internada, pode ter sido a
responsável pela agressão. Há suspeitas de que ela tenha deficiência
intelectual.
A menina deu entrada no Hospital Geral do Estado (HGE) em
março, onde fez uma tomografia para que os médicos identificassem a melhor forma
de retirar os objetos. No dia 26 do mesmo mês, foi encaminhada para o Hospital
do Açúcar, onde foi submetida a uma cirurgia para retirada das agulhas, mas não
houve sucesso no procedimento. Agora, aguarda o resultado de exames para ser
submetida à nova cirurgia.
"A assistente social do HGE nos notificou para atuar no caso após conversar com a mãe da criança, que afirmou informalmente que teria, ela mesma, introduzido as agulhas de costura no corpo da menina", relatou o conselheiro tutelar.
No último dia 9, a criança foi novamente internada no HGE após apresentar febre, dores de cabeça e vômito. Nesta terça-feira, ela recebeu alta por não ter mais os sintomas. A família ainda aguarda o contato do HGE para retornar ao hospital.
De acordo com informações do Conselho, a guarda da criança pertence à tia e à avó, Bernadete Jacinto de Oliveira e Benedita Artuliano da Silva, respectivamente. Entretanto, a criança e a mãe continuavam moravando na mesma casa. A reportagem do G1 tentou, através do conselheiro tutelar, entrar em contato com a família, mas ela não quis falar com a imprensa.
De acordo com informações repassadas pela tia da
criança ao Conselho Tutelar, a mãe perdeu a responsabilidade pela menina depois
de furtar R$ 400,00 da casa onde morava em 2011 e fugir para a cidade de Aracaju, no estado
de Sergipe. Lá, ela perdeu
a filha, que foi encontrada e levada para uma casa de adoção.
A família
da menina foi identificada em Alagoas e a criança foi devolvida para o lar.
Segundo o conselheiro tutelar Mano Monteiro, o caso será enviado para a
Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente para que seja
investigado.