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O vice-governador José Thomaz Nono (DEM) recebeu nesta terça-feira (09), em seu gabinete, o prefeito Marcelo Souza, o vice-prefeito Antônio Carlos, vereadores e representantes das famílias desabrigadas com as enchentes de 2010, em Santana do Mundaú. Nono ouviu as reivindicações e denúncias sobre cadastros ilícitos e garantiu que em dezembro de 2013 as obras Residencial Santana do Mundaú estarão concluídas.
Para que seja acelerado o processo da construção, o vice-governador afirmou que as famílias que ocuparam os imóveis inacabados têm de sair. Mas, segundo Cresivaldo Oliveira, um dos moradores atingidos, é preciso que se tenha uma garantia visto que, conforme denúncias feitas na Câmara de Vereadores na sexta-feira (05) tem muita gente cadastrada para receber as casas que moram na zona rural ou até mesmo em outros municípios circunvizinhos.
“O vice-governador disse que é para a Caixa entregar as casas definitivamente às pessoas que estão cadastradas regularmente. Mas, também disse que para continuar a obra a gente tem de esvaziar o local. Mas, se chover e o rio encher muito o povo volta para as casas”, afirma.
As famílias também querem um posicionamento da Caixa Econômica Federal. “Vamos sair, mas queremos a segurança de que teremos mesmo a nossa casa. Queremos a chave. Amanhã teremos uma reunião com representantes da Caixa porque ela é a nossa garantia”, ressalta Cresivaldo.
Thomaz Nono informou aos políticos de Santana do Mundaú e também aos atingidos pela enchente que a falta de recurso teria emperrado a continuidade da obra. Mas, segundo eles, teria assegurado que o Estado não dispõe de recurso para tal, mas que faria um empréstimo para que as casas sejam concluídas em dezembro.
Durante o encontro, o vice-governador também ouviu sugestões do representante dos moradores, Ronaldo Cardoso, que entende como grande auxílio o aluguel social já que muitos desabrigados utilizam o dinheiro do programa Bolsa-Família para essa finalidade. Nono não viu muita possibilidade, mas se dispôs a levar a sugestão ao governador Teotônio Vilela.
A Caixa Econômica já chegou a pedir à Justiça a reintegração de posse do futuro residencial. Ao todo foram feitos 648 cadastros, mas o governador afirma que 688 casas foram invadidas. Dos cadastros, apenas 437 já foram aprovados. Entre as denúncias há a afirmação de que membros da mesma família se dividem e ocupam vários imóveis. O vice-governador pediu ao prefeito que fiscalizasse para não beneficiar quem não foi atingido pela enchente.