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A adolescente R.G.L, 17, foi alvejada com vários disparos de arma de fogo e
denunciou o companheiro Edson Souza da Silva, 29, pelo atentado contra sua vida.
O fato aconteceu no último dia 2 deste mês, por volta das 13h40, no Sítio Pedra
Branca, zona rural de Inhapi.
A própria jovem contou na delegacia de
polícia da cidade que Edson chegou ao terreno pertencente ao pai dela,
visivelmente embriagado e com um revólver na cintura. O acusado teria se
dirigido até um dos quartos da casa onde ela estava deitada amamentando a filha
deles e começado a colocar a arma de fogo nas mãos da criança, como se estivesse
ensinando a bebê a manusear o revólver.
A adolescente disse que reclamou
da atitude do companheiro e ele não gostou, se afastou um pouco dela e atirou em
sua direção, a atingindo no ombro do lado esquerdo. A menor relata que ficou
caída encima da cama e por pouco a criança também não ficou ferida.
Ao
ouvir o estampido do tiro, o pai da vítima chegou ao local e pediu ao genro para
não matar sua filha, mas ele teria apontado a arma para o sogro que correu com
medo de morrer.
Nesse momento, Edson teria saído de dentro da casa e
funcionado sua moto, o que fez a vítima pensar que o companheiro havia ido
embora, então ela se levantou da cama com a filha em um dos braços e tentou
escapar do atirador pela porta da cozinha, mas foi surpreendida por ele que
estava na porta da frente do imóvel.
Percebendo que a companheira tentava
fugir, Edson teria efetuado mais um disparo que atingiu as costas da adolescente
que caiu junto com a filha. O acusado teria se aproximado, pego a filha e a
colocado encima de uma mesa, enquanto efetuava mais dois disparos contra a
adolescente que ainda estava caída no chão. Ela foi atingida no pescoço e na
parte posterior do braço.
Ao terminar de atirar, achando que havia matado
a vítima, Edson teria dito que se ela não convivesse com ele, não conviveria com
mais ninguém. Mesmo gravemente ferida, a adolescente aproveitou um momento de
desatenção do atirador e tentou fugir outra vez, mas sem forças, acabou
caindo.
Achando que a vítima estava morta, Edson teria saído em busca da
irmã dela, nesse caso sua cunhada, identificada como Gilvanete, quem ele também
pretendia matar. Para isso, o acusado teria ido à casa de uma tia dele, a Dona
Cícera, e a ameaçado de morte caso não informasse onde se encontrava seu alvo. A
tia desafiou o sobrinho e não contou.
Frustrado, em sua moto, Edson teria
saído com a arma na mão e se dirigido para um bar, conhecido como Bar do Jaci,
no Sítio Laje do Nóia, também na zona rural de Inhapi, de onde fugiu, após ser
informado que a polícia havia sido acionada.
A vítima foi socorrida por
uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) do município e levada para o
hospital regional de Santana do Ipanema onde foi socorrida.
A jovem
contou que convivia com Edson Souza há dois anos e nesse período teve a filha
deles, que hoje tem 8 meses. Ela ainda relatou que o companheiro, toda vez que
se embriagava, a espancava e ameaçava de morte. A menor revela que ele dizia que
se ela a deixasse, ele a mataria.
O motivo da confusão pode se explicar
pelo fato de Edson ser casado e a adolescente querer que ele se afastasse da
esposa, caso contrário, o deixaria.
Edson Souza da Silva, 29, se encontra
foragido da polícia. O caso é investigado no 29º Distrito Policial.